Cerca de dez mil manifestantes se reuniram ontem (1) nas ruas de Bancoc, capital tailandesa, tentando ocupar o palácio do primeiro-ministro e outros importantes departamentos do país. Frente à situação, o governo tailandês decretou toque de recolher das 22h00 deste domingo até às 5h00 de hoje.

De acordo com o vice-premiê tailandês, Pracha Promnok, esta decisão visa garantir a segurança dos cidadãos, pois as manifestações se tornaram mais intensas. Ele ainda garantiu que os órgãos governamentais iriam voltar ao trabalho normalmente na manhã de hoje (2).

O líder das manifestações, Suthep Thuagsuban, convocou greve para esta segunda-feira. Ele pede que todas as televisões públicas do país suspendam as transmissões de notícias do governo, e transmitam as informações sobre as manifestações. A associação de jornalistas tailandeses e outros órgãos divulgaram uma declaração, considerando as palavras de Suthep uma ameaça aos órgãos de imprensa. A declaração ainda aponta que a ação obstrui a liberdade de imprensa e vai contra o espírito democrático.

Ontem, o palácio do primeiro-ministro teve o policiamento reforçado. Ao meio dia, ocorreram conflitos entre policiais e manifestantes nos arredores do palácio, deixando alguns feridos.

De acordo com um funcionário tailandês, caso a situação continue se agravando, a primeira-ministra do país, Yingluck Shinawatra, pode dissolver o parlamento.

A embaixada chinesa na Tailândia advertiu os cidadãos chineses encontrados no país para serem cuidadosos.