À espera dos 737 MAX, lucro da Boeing cai pela metade
A Boeing registrou uma queda acentuada de sua receita no terceiro trimestre, devido à paralisação de seu 737 MAX, mas disse que espera poder voltar a voar antes do fim do ano.
“A empresa antecipa que a autorização regulatória do 737 MAX para retornar ao serviço será no quarto trimestre de 2019 e [portanto] aumentará gradualmente a produção do 737 de 42 unidades por mês [atual] para 57 até o final de 2020”, disse a Boeing em comunicado, embora tenha alertado que a data será determinada pelos reguladores.
“Nossa prioridade é o retorno seguro do 737 MAX ao serviço, e estamos fazendo um progresso constante”, disse o CEO da Boeing, Dennis Muilenburg.
O otimismo da Boeing contrasta com o das companhias aéreas, que cancelaram voos programados no 737 MAX até o início de 2020.
O lucro líquido foi reduzido pela metade (-50,6%), a US$ 1,17 bilhão, no terceiro trimestre, informou a empresa.
Com uma queda de 67% nas entregas de aeronaves comerciais, as vendas caíram 20,5%, a US$ 19,98 bilhões.
A paralisação do 737 MAX interrompeu as entregas previstas, o que é essencial para qualquer empresa aeronáutica.
A Boeing informou que, desde o início da paralisação em meados de março, perdeu US$ 9,3 milhões.
A empresa anunciou ainda que, a partir do final de 2020, reduzirá de 14 para 12 a produção mensal de seu modelo 787 Dreamliner, devido à incerteza sobre o comércio mundial.