Um fisiculturista de Pomerode vai ser indenizado por dano moral em R$ 16 mil, por duas companhias aéreas, depois de ter o troféu de uma competição quebrado. O atleta representou o Brasil no Campeonato Pan-Americano no México, na categoria Men Sport Model, e foi campeão.
Quando voltava ao país, o atleta despachou o troféu no aeroporto da Cidade do México. A surpresa foi quando verificou a bagagem danificada, inclusive sua premiação. Ele registrou reclamação contra a empresa aérea brasileira em outubro de 2017.
A empresa nacional alegou que o dano não ocorreu durante o trajeto operado por ela, mas sim pela companhia internacional. O argumento não foi suficiente para eximi-la de responsabilidade. Segundo a juíza Iraci Kuraoka Schiocchet, titular da Vara Cível da comarca de Pomerode, a empresa também fez o transporte da bagagem e vai responder pelo ocorrido.
“O troféu decorre do esforço e da dedicação do autor no desempenho do fisiculturismo. Além da importância do campeonato, o autor estava representando o Brasil na categoria premiada. O troféu conquistado chegou em pedaços no retorno ao país, em razão da má prestação do serviço ofertado pelas requeridas”, citou a magistrada.
Foram descartadas as possibilidades de o dano ter ocorrido antes do check-in ou quando o troféu já estava com o atleta. Também não houve comprovação de dano causado por terceiro.
As duas companhias aéreas, a nacional e a internacional, vão pagar ao fisiculturista indenização por danos morais no valor de R$ 16 mil, acrescida de juros de mora de 1% ao mês a contar da data do evento danoso. Ainda cabe recurso ao Tribunal de Justiça.