Inframerica retifica: greve de caminhoneiros não cancelou voos
Devido aos protestos de caminhoneiros que acontecem em todo o Brasil, já começa a faltar combustíveis em postos de todo o Brasil. Além disso, a preocupação se estende à aviação, uma vez que o querosene das aeronaves também é transportado pelas rodovias.
Em nota enviada à TV Arapuan, a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) afirmou que os aeroportos estão operando normalmente e está monitorando o abastecimento. A empresa também alertou que os passageiros procurem suas companhias para consultar a situação dos voos.
Confira a nota na íntegra:
A Infraero esclarece que seus aeroportos estão operando normalmente e que está monitorando o abastecimento de querosene de aviação por parte dos fornecedores que atuam nos terminais, além de estar em contato com companhias aéreas e órgãos públicos relacionados ao setor aéreo para garantir o fornecimento de combustível de aviação.
A Inframerica acrescentou que notificou nesta manhã as companhias aéreas sobre a restrição do combustível. A administradora do terminal brasiliense também aconselhou aos passageiros a buscarem essas empresas para mais informações acerca dos voos. Até as 16h20 desta terça, representantes da concessionária se reuniam com diretores das companhias aéreas para solucionar o impasse.
Prejuízo
Iniciado nessa segunda (21), o movimento ocorre, segundo a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), em pelo menos 22 estados. Entre eles, Bahia; Espírito Santo; Goiás; Maranhão; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais; Pará; Paraíba; Pernambuco; Rio de Janeiro; Rio Grande do Sul; Rondônia; Santa Catarina; São Paulo; Sergipe e Tocantins.
Na capital do país, eles se concentram no Entorno, onde estão com caminhões parados. Conforme informou o Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista-DF), pelo menos 10 empresários do DF enfrentam problemas decorrentes da paralisação. De acordo com relatos, alguns carregamentos não chegaram da indústria e mercadorias não alcançaram clientes do comércio varejista.
“Ontem (segunda), tivemos problemas para entregar em Padre Bernardo (GO) e seguir viagem pela BR-040. Uma carga que saíria da indústria ontem, em Santa Catarina, também não conseguiu, pois bloquearam a rodovia”, lamentou o empresário Ricardo Mamede.
Heuler Martins também tem enfrentado problemas e contabilizou prejuízo de R$ 60 mil, pois a empresa dele distribui produtos perecíveis. “Há uma remessa da indústria parada em Itumbiara (GO) desde domingo (20) e não temos previsão de quando chegará ao DF. Além do custo da mercadoria parada, há o efeito cascata de não concretizar novas vendas, pois não podemos precisar quando o pedido será entregue”, queixa-se.