Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sábado, 12 de Outubro de 2024

Ethiopian investe na Am. do Sul e vê futuro promissor

16/03/2018

Equipe da Ethiopian na América do Sul comemorou a chegada da aérea à Argentina

A última semana marcou a chegada da Ethiopian Airlines à Argentina. O novo itinerário da rota, que agora inclui o Aeroporto Internacional de Buenos Aires-Ezeiza (EZE) no roteiro, porém, vem após muito investimento da aérea, que admite ter tido dificuldades no Brasil, mas que enxerga um futuro promissor na conexão entre América do Sul e África.


"Foi mais difícil [nos estabelecer no mercado] do que imaginávamos. Quando decidimos vir ao Brasil, pensamos que dois ou três anos seriam o suficiente para nos firmar, mas, infelizmente, a crise econômica no País também nos afetou", declarou o CEO da companhia, Tewolde Gebremariam, com exclusividade ao Portal PANROTAS. Segundo ele, no entanto, "agora é a hora de crescer".

A inclusão da EZE à rota que já conectava Adis Abeba a São Paulo (GRU) aumentou a demanda pelos voos, fato que fez com que a aérea anunciasse o aumento de frequência para o voo. A partir de 5 de junho, a operação será diária.

Raphael Silva
Ethiopian pode trocar B787 por B777 dependendo da demanda
Ethiopian pode trocar B787 por B777 dependendo da demanda


De acordo com Gebremariam, a ideia é atender ao mercado em ascensão, tanto no Brasil quanto na Argentina. Com índices de ocupação próximos a 75% na rota, a aérea pretende encher ainda mais os voos e atingir 80% nos próximos meses. Em caso de um aumento maior, ainda há a possibilidade de trocar o B787 Dreamliner que já voa entre Adis Abeba e Buenos Aires por um B777.

CONEXÃO AFRICANA
O investimento da Ethiopian na América do Sul vai de encontro com a necessidade de conexão com destinos africanos, ponto exaltado pelo CEO. O objetivo é fomentar os destinos sul-americanos ao público na África e vice-versa com os viajantes de Brasil e Argentina.

"É mais do que apenas um voo. Esse é o início de uma grande conexão com a Argentina e a continuidade de uma relação com o Brasil. É preciso disseminar a Etiópia e a África como destinos, mas também fazer o caminho inverso, ao trazer os turistas africanos", concluiu Gebremariam.