Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sexta, 11 de Outubro de 2024

Bagagem, cadê você?

12/10/2017

Divulgação Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra

Um dos maiores medos dos turistas é chegar ao destino, ir até a esteira de bagagens e, simplesmente, não ver a sua – linda, plena e carregando seus melhores pertences – desfilar por ali. Dá até um aperto no peito de pensar na situação.

Mas o extravio de bagagens é assustadoramente comum. De acordo com a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), só em 2016 foram mais de 21 milhões de casos. Muitos conseguem reaver seus pertences em alguns dias, outros só serão ressarcidos, em partes, depois de longas semanas, já que a mala nunca mais é encontrada.

Para evitar tal problema, quatro estudantes de Engenharia de Produção do Instituto Mauá de Tecnologia trabalharam o tema em seu trabalho de conclusão de curso. Elas analisaram o que havia disponível no mercado e criaram o rastreador Back2’U. O aparelho – mais ou menos do mesmo tamanho de um celular, quando colocado dentro da bagagem permite que o usuário tenha acesso à localização de seus pertences, por meio de um aplicativo instalado no celular.

Alguns empresas e até companhias aéreas oferecem o rastreador, mas, segundo as alunas, o delas terá melhor custo-benefício. “Acreditamos que as pessoas não pagariam o valor de R$ 400 mais a mensalidade. Nossa ideia é que custe entre R$ 50 e R$ 100 e que a pessoa pudesse alugar para apenas uma ocasião, se preferir”, conta Amanda Carvalho Fernandes.

Ela, Beatriz Cutlak Schiavi, Clara Santandrea Augusto e Juliane Jampolsky tiveram a ideia após uma do grupo ter a mala extraviada em viagem para Recife. “O valor que a companhia ofereceu de indenização ficou muito abaixo”, diz Amanda. A estudante explica que o sistema de GPS seria feito com operadora, que ofereceria chip com transferência de dados para uma ''''nuvem'''' (armazenamento na internet). “Cada cliente teria um código. Por meio dele, poderia acessar os dados e descobrir onde a mala está naquele momento”. Por enquanto, o projeto só localizaria bagagens dentro do território nacional.

Agir rapidamente é atitude essencial se a mala sumir
Até que o rastreador das estudantes de Mauá chegue ao consumidor, a melhor maneira de evitar, ou tentar, pelo menos, a dor de cabeça de não encontrar a bagagem é se prevenir de outras formas. De acordo com especialistas, retirar as etiquetas de voos antigos e contratar seguro viagem que inclua a situação podem ajudar.

Caso desapareça mesmo assim, a primeira providência é se dirigir ao balcão de reclamações da companhia aérea e preencher um documento conhecido por RIB (Registro de Irregularidade de Bagagem) para voos domésticos e PIR (Property Irregularity Report) para viagens fora do País. O prazo para encontrar o item é de 21 dias em trajetos internacionais e 30 em território nacional. A empresa tem a obrigação de informar como anda as buscas. Caso não encontre, deve ressarcir o passageiro. Fotografar tudo o que tem no compartimento antes de embarcar facilita, e muito, a provar o que levou.