Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sexta, 11 de Outubro de 2024

Companhias aéreas podem economizar até US$ 30 bilhões ao eliminar pilotos

19/09/2017

Um conhecimento comum no mercado financeiro é que as companhias aéreas formam o setor mais difícil de investir em. São empresas com grandes despesas de capital, margens baixas, barreira de entrada pequena e muito suscetíveis às variações de preço no petróleo. Mas e se a indústria economizasse, em uma tacada só, US$ 30 bilhões? Não seria mais atraente?

É o que acredita o banco suíço UBS, que vê essa economia com a adoção da aviação autônoma, que eliminaria a necessidade de pilotos na cabine – reduzindo os custos de salários e treinamento das companhias aéreas. E como a grande maioria dos acidentes são causados por falhas humanas (como o trágico acidente que vitimou o time da Chapecoense ano passado), as companhias aéreas se beneficiariam de seguros mais baratos também.

De acordo com o UBS, essa mudança deve ser implementada gradualmente até 2030. Até lá, as companhias aéreas deverão reduzir de dois pilotos na cabine, como é feito hoje, para apenas um (coisa que é comum em algumas naves menores). Serão US$ 26 bilhões em economias de salários, US$ 3 bilhões de seguros mais baixos e US$ 1 bilhão de “outras melhorias”.

Embora, essa é uma tendência que já estamos vendo. 30 anos atrás, a equipe de voo era composta de quatro pessoas: dois pilotos, um engenheiro de voo e um navegador. Isso foi reduzido justamente com a tecnologia, ajudando as empresas a economizarem milhões e reduzirem, ainda mais, os preços de passagens aéreas.