Companhias aéreas definem regras para despachar bagagens nos voos
A pessoa que irá viajar de avião depois do dia 14 desse mês deve ficar atento. A Anac autorizou as empresas a cobrar por mala despachada. A Latam divulgou detalhes sobre as tarifas.
Está chegando o dia em que o passageiro terá que pensar bem no que carrega na mala para não pagar mais caro pela passagem. A partir do dia 14, as companhias aéreas podem começar a cobrar pela bagagem. Cada uma delas tem liberdade para definir as próprias regras.
A Latam divulgou como fará a cobrança:
- nos primeiros meses nada muda nos voos domésticos e para a América do Su e o passageiro tem direito a uma bagagem de até 23 quilos;
- para os outros voos internacionais, em vez de duas malas de 32 quilos, a passagem dará direito a duas malas de 23 quilos;
- a companhia deve começar a cobrar pela bagagem nos voos domésticos ainda nesse ano o valor de R$ 50;
- nos casos de excesso de bagagem dentro do Brasil, o passageiro pagará R$ 80 por mala a mais despachada;
- o valor sobe para US$ 90 nas viagens para a América do Sul e para US$ 150 nos outros voos internacionais.
A Gol ainda não divulgou os preços, mas adiantou que vai cobrar por unidade. O valor vai aumentar de acordo com a quantidade de malas despachadas.
A mudança deve ter uma contrapartida. O passageiro que não despachar as malas, paga menos. Até agora as companhias aéreas divulgaram informações sobre a cobrança da bagagem, mas ainda há poucos detalhes sobre tarifas mais baratas. A Gol disse que terá redução, mas não falou de valores nem a data de início. Já a Latam disse que os preços podem cair até 20%, mas em 2020.
O professor da universidade de São Paulo diz que é responsabilidade da Anac acompanhar as tarifas para ver se o consumidor terá algum benefício e que a cobrança da bagagem pode ajudar as empresas a recompor o caixa.
“As empresas estão tendo resultados negativos. Elas terão que ter receitas a mais. As receitas à mais virão de tarifas de passagem à mais, o que é mais complicado, mas está subindo um pouquinho ou será de outras receitas como por exemplo cobrança de bagagem”, diz Jorge Medeiros.