Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 09 de Outubro de 2024

Gol lidera mercado doméstico em janeiro, diz Abear

21/02/2017

A empresa Gol encerrou o mês de janeiro 2017 com maior participação do mercado doméstico, com a fatia de 38,80%; seguida da Latam (31,27%), Azul (18,10%) e Avianca (11,83%).  Os números fazem parte das estatísticas apresentadas pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que integra as as companhias aéreas brasileiras : Avianca, Azul, Gol e Latam.

Em janeiro, a aviação brasileira registrou uma queda de 1,38% na demanda e de 2,74% na oferta, em relação ao mesmo período do ano passado. O número de pessoas embarcadas registrou queda de 2,17%, totalizando 8,6 milhões de passageiros transportados no mês. “As taxas estão caindo cada vez mais, indicando o que poderíamos chamar aqui de pouso suave. Não são os melhores números, mas também não é um agravamento da situação”, disse Maurício Emboaba, consultor técnico da Abear.

Segmento internacional

Os dados mostram que houve o aumento de 1,94% na oferta e demanda de 5,4%. Na mesma base, a oferta foi ampliada em 1,94%. O fator de aproveitamento teve alta de 2,88 pontos percentuais, chegando a 87,74% de ocupação dos voos. Para Emboaba, não significa que o mercado internacional está crescendo. “Isso se deve a uma retração significativa da oferta das empresas internacionais”, completa.

MUDANÇAS DA REGULAMENTAÇÃO

Para o presidente da Abear,  Eduardo Sanovicz ,  as mudanças da regulamentação do transporte aéreo – que passarão a valer no dia 14 de março e , assim, se aproximar com o ambiente internacional –  abrem espaço para mais disputa entre as empresas. “Abre espaço para que as empresas possam fazer mais um conjunto de oferta aos seus passageiros, hoje vedada. Na prática, vai surgir uma nova classe tarifária que hoje não existe. Hoje, cerca de 40% dos passageiros, viajam sem bagagem e sofrem uma injustiça. Alguns reais lançados no seu bilhete são referentes à conta de quem carrega bagagem”, disse Sanovicz.

Segundo Sanovicz, a regulamentação praticada hoje no Brasil vem da década de 1960, quando a tarifa era cara e a bagagem incluída não fazia diferença. “Estamos mudando radicalmente o modelo de negócio e aumentando o número de passageiros.Tudo deve ser feito para atrair passageiros a bordo e lançar tarifas mais competitivas”, ressalta.

Para o presidente da Abear, há dois pilares que mostram uma retomada de passageiros com as mudanças tarifárias. Um é que a liberdade tarifaria e a disputa entre as empresas no Brasil nos últimos 15 anos mostraram que as passagens caíram pela metade do preço e o número de passageiros triplicou.

O segundo é que as regras tarifárias no Brasil funcionam no modelo antigo. “Assim como acontece apenas na  Venezuela, México e China, lugares que ainda usam regras do século passado. Todos os demais migraram para outro modelo e as historias desses países demonstram outra realidade”, finaliza.