Não há nada pior que enfrentar horas de voo, cansaço, ansiedade e, logo depois do desembarque, descobrir que a mala foi extraviada. A situação mais temida pelos viajantes é bastante corriqueira, mas se depender do setor de aviação, o número de casos tem tudo para reduzir drasticamente nos próximos anos. Aeroportos e companhias aéreas estão investindo em tecnologias para evitar o extravio das malas.

De acordo com o jornal "The New York Times", em publicação na Folha de São Paulo, a nova intenção do setor é substituir os antigos códigos de barras por etiquetas com chips de radiofrequência. Eles são capazes de armazenar informações da viagem, e rastrear o local exato onde está a bagagem, através de leitores de rádio.

A americana Delta foi uma das pioneiras no segmento, e já começa a implementar uma tecnologia desse tipo. A companhia investiu mais de U$$ 50 milhões em leitores e etiquetas de rádio, para que os passageiros consigam monitorar o trajeto da mala através de um aplicativo. O sistema já está sendo instalado nos aeroportos em que a Delta opera, e deve entrar em circulação em setembro. Empresas concorrentes, como a alemã Lufthansa, a francesa Air France, e a australiana Qantas também estão testando sistemas similares.

Alguns aeroportos também já começam a investir em tecnologia para evitar o extravio. No entanto, esse é um caso mais complicado, já que a maioria dos terminais do mundo deixa as companhias aéreas decidirem sobre o sistema de despacho. A exceção é o Aeroporto Internacional McCarran, em Las Vegas, que conta com um sistema de chips de rádio no setor de envio de malas.

Enquanto a maioria das companhias e aeroportos não seguem por esse caminho, uma boa dica é optar pelos rastreadores de bagagem particulares, que podem ser adquiridos no mercado. O principal dispositivo é o Trakdot, um pequeno aparelho que rastreia a localização exata da mala. Ele desliga automaticamente quando o avião decola, e liga quando ele pousa. A localização é enviada em tempo real para seu e-mail e SMS. A tranquilidade de voar sem se preocupar compensa o preço, que não é lá muito barato.