Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Segunda, 07 de Outubro de 2024

Reino Unido quer reduzir o consumo de álcool em aeroportos

10/08/2016

Existem ocasiões festivas e tristes em que é comum beber um drinque bem cedo durante o dia como o Natal, casamentos e funerais. E, por alguma razão, também é comum beber a qualquer hora do dia em aeroportos.

Não se sabe ao certo o que estimula o consumo de álcool em aeroportos. É possível que as pessoas pensem que um drinque acalma o nervosismo que antecede os voos. Mas os terminais dos aeroportos dão uma sensação de imobilidade como se o tempo estivesse suspenso. Talvez as pessoas estejam se preparando para a adaptação a um novo fuso horário, ou pensando que vão ficar horas presas dentro do avião e, por isso, o álcool ajuda a relaxar. Qualquer que seja o motivo, a única finalidade do relógio de um aeroporto é de garantir que o passageiro chegue com cinco minutos de antecedência ao portão de embarque.

No entanto, enquanto para algumas pessoas o tempo imobiliza-se nos aeroportos, outras acham que a espera dos voos é uma noitada eterna de sexta-feira. E como se pode ver nas cidades inglesas às 23 horas do primeiro dia do fim de semana, o consumo de álcool causa problemas. Os ingleses têm uma relação difícil com bebidas alcoólicas. Eles se embriagam, ficam agitados e brigam. É desagradável nos bares. É pior nos aeroportos. Ainda mais detestável em um avião.

As histórias de comportamento inconveniente dos ingleses a bordo são inúmeras. De acordo com a BBC, 442 pessoas foram detidas por suspeita de estarem embriagadas em aeroportos e aviões nos últimos dois anos. Em um dos episódios mais recentes, uma mulher deu um soco no rosto de um piloto por ele ter dito que estava bêbada demais para voar de Manchester para a Grécia. No início do ano, um avião precisou desviar sua rota de Luton para Bratislava, quando um grupo de homens embriagados começou a brigar.

O governo anunciou que fará uma pesquisa sobre o consumo de álcool nos aeroportos. O ministro da Aviação Nazir Ahmed disse que não quer “eliminar a alegria” dos passageiros, mas pretende estender as medidas praticadas em alguns aeroportos, como Gatwick a outros terminais. Foi feita uma experiência com a venda nos terminais de bebidas alcoólicas embaladas em sacos de plástico selados, o que dificulta o consumo a bordo. Lorde Ahmed também quer que os funcionários das companhias aéreas impeçam, discretamente, a entrada de pessoas bêbadas no portão de embarque. Além disso, é preciso incentivar uma colaboração maior entre as companhias aéreas, as lojas dos aeroportos e a polícia.