Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Segunda, 07 de Outubro de 2024

Reconhecimento facial é ativado também no Aeroporto de Salvador

02/08/2016

 

A tecnologia auxilia na identificação de passageiros suspeitos

As câmeras foram instaladas na saída destinada a passageiros optantes pelo Canal Verde (Nada a Declarar), para obter imagens do rosto de cada viajante que segue por esse caminho.

As imagens são comparadas com fotos previamente selecionadas do banco de dados do passaporte da Polícia Federal. A conexão entre os sistemas foi realizada ontem.

A seleção dos viajantes é realizada antes da chegada dos voos, a partir do cruzamento de informações sobre os passageiros enviadas pelas companhias aéreas com as do banco de dados da Receita Federal do Brasil (renda declarada, ocupação, frequência e natureza das viagens realizadas, etc.).

Além disso, a equipe local pode, a qualquer momento, incluir na lista um passageiro que considere suspeito.

O sistema também permite a integração com bancos de dados de outros órgãos de controle de fronteira e segurança, como a Polícia Federal, Interpol e Agência Brasileira de Inteligência.

O Reconhecimento Facial é um método de identificação. A sua grande vantagem é ser não intrusivo, ou seja, os viajantes não terão que posicionar o dedo em uma leitora de digitais ou parar para um reconhecimento de íris. Eles seguirão naturalmente enquanto são identificados pelo sistema.

Os voos internacionais que chegam ao aeroporto de Salvador transportam, em média, 250 passageiros. Caso a equipe de fiscalização optasse por fiscalizar, por exemplo, 20 viajantes previamente selecionados, ela teria que abordar cada um, solicitar o passaporte, conferir o nome com os constantes da lista e só então direcioná-lo para o canal verde ou vermelho.

Com o sistema, os viajantes comuns seguem normalmente, enquanto os suspeitos são rapidamente localizados e redirecionados para a fiscalização.

Aduana digital

A implantação do Reconhecimento Facial é a última etapa de um projeto para implementação da tecnologia e análise de risco pela aduana brasileira no controle de viajantes.

Os dados informados pelas companhias aéreas, conhecidos como API (Advanced Passenger Information) e PNR (Passenger Name Record), integrados ao módulo de gestão de risco da Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV), geram a base da seleção de viajantes a serem  e identificados pelo sistema de reconhecimento facial e fiscalizados.

Além de Salvador, mais 13 aeroportos brasileiros passaram a contar com o sistema de reconhecimento facial.