Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Segunda, 07 de Outubro de 2024

Golpes podem chegar a R$ 10 mi

08/07/2016
Um empresário de 56 anos foi indiciado pela Polícia Civil de Valinhos, na tarde de anteontem, sob acusação de aplicar diversos golpes envolvendo a compra de passagens aéreas. No total, a polícia estima que o prejuízo dos clientes, companhias aéreas, operadoras e diversas empresas que caíram no golpe tenha sido de aproximadamente R$ 10 milhões. O suspeito, que não teve a identidade divulgada, já realizava o esquema criminoso há mais de dez anos, segundo a investigação.
De acordo com a Polícia Civil, o empresário teve diversas agências de viagens em Valinhos, Campinas, São Paulo, Bauru e Louveira e utilizava um certificado internacional que permitia que ele comprasse passagens aéreas em grande quantidade. Ele adquiria os bilhetes com documentos falsos, revendia para clientes e ficava com o dinheiro que deveria ser repassado para às companhias aéreas ou às operadoras. Com isso, os compradores não conseguiam embarcar.
Segundo a Polícia Civil, a investigação teve início há aproximadamente seis meses, após denúncia anônima. Com isso, os investigadores com base em diversos depoimentos e analises de imagens de câmera de segurança, conseguiram chegar até o suspeito.
A investigação ainda aponta que o homem utilizava laranjas em suas agências e que quando os problemas envolvendo o esquema ilegal começavam a aparecer, fechava o local, ia para outra cidade e abria outra empresa.
Na tarde de anteontem, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do suspeito e na única agência de turismo que ele possui no momento. Atualmente, o acusado mora em São Paulo e seu estabelecimento fica em Campinas. Nos locais, foram apreendidos os veículos Volkswagen Tiguan e Range Rover Evoque, dez computadores, diversos documentos, passaportes, cartões de crédito, cédulas de identidade e talões de cheque. A Polícia Civil acredita que os cartões possam ser clonados.
O empresário foi indiciado por associação criminosa e estelionato, mas vai responder pelos crimes em liberdade. Segundo um investigador da cidade, que pediu para não ser investigado, outras duas pessoas estão na mira da operação e devem ser indiciadas nos próximos dias.