Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Domingo, 06 de Outubro de 2024

Gol terá 20 aeronaves a menos neste ano em relação a 2015

31/03/2016

A Gol Linhas Aéreas registrou prejuízo recorde em 2015, totalizando perdas de R$ 4,3 bilhões, crescimento de 280% sobre os resultados de 2015. Kakinoff afirmou que o mercado de capitais está fechado para as empresas brasileiras. Em 2014, a empresa teve resultados operacionais positivos. "Além das medidas estruturantes de redução de oferta e da contratação de assessores financeiros, também vamos promover neste ano a readequação em nossa malha, com redução de frequências e suspensão de destinos nacionais e outros internacionais", disse Kakinoff, durante teleconferência com jornalistas. O yield, indicador que mede preços de passagens, subiu 4,5%. Em 2015, o EBITDAR alcançou R$1,3 bilhão, com margem de 13,7%. A receita operacional líquida totalizou R$ 2,65 bilhões no trimestre, baixa de 2,8% sobre os últimos três meses de 2014, resultado do menor volume de passageiros. Os custos e despesas operacionais avançaram 7,3% no quarto trimestre na comparação anual, a R$ 2,75 bilhões. Esse montante (de cerca de 1.068,7 milhões de euros), por sua vez, decorre principalmente de prejuízos acumulados no montante de 8.162 milhões de reais, o que equivale ao câmbio actual a quase dois mil milhões de euros (1.999,1 milhões de euros).

A Gol também informou projeção de reduzir entre 15% e 18% o volume total de decolagens em 2016. O presidente da Gol ainda afirmou que, em relação à gestão da frota, está previsto o subleasing de nove aeronaves, a alteração no recebimento de novas aviões entre 2016 e 2017, passando de 15 para um, e a devolução de cinco em regime de arrendamento financeiro. Por causa dos resultados, a empresa modificou sua projeção de operação para este ano e aumentou a previsão de redução das decolagens e assentos, que poderá chegar aos 18%, refletindo um corte de oferta de assentos por quilômetros - ASK - de até 8% (contra 6% da projeção anterior). "Esta iniciativa tem como objetivo a adequação da companhia ao patamar atual de demanda do mercado, além de mitigar o impacto inflacionário de 10,7% e cambial de 47,0% em 2015 em nossos resultados", continuou o presidente da empresa em sua mensagem