São José dos Campos – A Embraer apresentou nesta quinta-feira (25) a segunda geração do modelo de avião E190, que integra sua nova família de jatos comerciais. O E190 E2, como é chamado, transportará até 106 passageiros em configuração de uma classe e 97 em duas classes e terá autonomia de voo de aproximadamente 5.185 quilômetros. A quantidade de passageiros que poderá transportar é a mesma do modelo hoje em produção, mas a autonomia supera a da primeira geração em até 800 quilômetros. O presidente da Embraer, Frederico Curado, afirmou que os países do Norte da África e do Oriente Médio são potenciais compradores do novo modelo.

Desde que essa nova família foi lançada, em junho de 2013, a Embraer recebeu 267 pedidos firmes de compra, além de outras 373 opções. O preço de lista de cada unidade do E190 E2 é de US$ 58,2 milhões. Curado afirmou que esse modelo de avião se encaixa em um segmento abaixo, em número de passageiros, daquele atendido pelas menores famílias de aviões das fabricantes Boeing e Airbus, os modelos 737 e A320, respectivamente.

“Estamos na Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Marrocos, Israel (que não é árabe, mas está no Oriente Médio). Com este avião, será a continuidade da nossa participação nas rotas regionais, de menor densidade dos países do Oriente Médio e da África. Outra opção (para os clientes) é usar este avião em horários de menor movimento dos aeroportos. Então a empresa pode utilizar um A320 (que transporta mais de 180 passageiros) em um voo no horário de pico da manhã e utilizar este jato em voo no início da tarde. Cabe perfeitamente”, afirmou Curado, após a cerimônia de lançamento e batismo da nova aeronave, com um banho de champanhe no “nariz” do avião, na sede da empresa, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

O E190 E2 fará seu primeiro voo de testes no segundo semestre deste ano e começará a operar no primeiro semestre de 2018. Segundo a Embraer, o modelo tem um consumo de combustível 24% menor por assento em relação ao modelo anterior e um custo de manutenção 25% mais baixo.

Segundo o vice-presidente de Operações da Embraer, Luís Carlos Affonso, as principais mudanças realizadas nesta nova geração do modelo foram a troca de motores, agora mais modernos e econômicos, um novo projeto de asas, que as deixou maiores, e um sistema de voo mais moderno. O projeto da nova família de E-jets, no qual este modelo está incluído, consome US$ 1,7 bilhão em investimentos, com recursos da empresa e financiamentos. A nova família de jatos comerciais da companhia tem ainda outras duas unidades: E 195 E2, que começa a voar em 2019, e E-175 E2, que operará a partir de 2020.