Crédito: Arquivo: Sindicato

O impasse negocial entre patrões e empregados do setor de aviação parece cada vez mais difícil de ser transposto. À medida que as empresas radicalizam na busca de imposição de propostas muito abaixo das pretensões dos trabalhadores, mais aumenta a pressão das entidades sindicais classistas, no sentido de organizar e mobilizar as bases para a agudização do enfrentamento, que poderá desembocar numa greve.

Nesta segunda-feira, o Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo, filiado à FNTTA e à Força Sindical, promoveu assembleias que tiveram a participação dos empregados de todas as aéreas (TAM, GOL, AZUL E AVIANCA). Também ocorreu uma assembleia de esclarecimentos na portaria central da GOL.

Os sindicalistas aproveitaram o ensejo para esclarecerem aos usuários dos serviços aéreos, os motivos que poderão levá-los a uma eventual paralisação do setor às vésperas do carnaval.

Os passageiros demonstraram compreensão e apoio à luta dos trabalhadores. Os empregados das aéreas, que participaram massivamente das assembleias, manifestaram apoio ao movimento e revelaram profunda indignação e revolta contra o descaso das empresas, que teimam em querer desvalorizar a mão de obra.

Mandú, presidente do sindicato e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos (FNTTA) deixou o seu recado: “sempre buscamos a conciliação, mas em razão da despropositada radicalização patronal,  recorremos a todas as formas  de luta e não descartamos, jamais, a possibilidade de uma greve”.