PREJUÍZO DE COMPANHIAS AÉREAS NA AMÉRICA LATINA CHEGA A U$ 300 MILHÕES EM 2015
Segundo informações da Iata - Associação Internacional de Transporte Aéreo -, que representa cerca de 260 empresas, responsáveis por 83% do tráfego aéreo, o ano de 2015 não irá acabar bem para as companhias de abviação da America Latina. As empresas devem entrar em 2016 com prejuízo de US$ 300 milhões.
Por conta da desvalorização do real e a desaceleração econômica, o Brasil aparece como o principal país a perder dinheiro no setor aéreo. Para se ter uma ideia, só no primeiro semestre de 2015, o prejuízo brasileiro foi de R$ 1,56 bilhão, o que equivale a aproximadamente US$ 400 milhões. Comparado ao ano de 2014, os custos de operação subiram 24% e, em contra partida, o faturamento cresceu 3,7%. A principal queixa está relacionada ao combustível, que é 50% mais caro no Brasil do que em outros países da região.
Venezuela e Argentina também enfrentem problemas. Em ambos, as empresas estrangeiras têm fundos bloqueados para repatriação, além de terem o câmbio de moedas prejudicado por seus governos. Na Venezuela, por exemplo, segundo informações da Iata, US$ 2,8 bilhões estão retidos. Em termos de tráfego, no entanto, a região apresentou um crescimento de 5,6%, enquanto no próximo ano a estimativa é de que o aumento chegue a 7,5%, com um número maior de voos para a América do Norte.
Por outro lado, o cenário mundial está em uma ótima fase, se tratando do setor aéreo. Enquanto o Brasil passa por momentos de crise na economia e a China apresenta um crescimento lento, o continente europeu está em ótima fase mercantil. As companhias esperam gerar um lucro líquido de US$ 36,3 bilhão em 2016. Para 2015, está previsto um ganho líquido de US$ 33 bilhões.
