Aeroviários (1)
Crédito: Arquivo: Sindicato

Na hipótese de que não se chegue a um acordo, a categoria poderá paralisar suas atividades

Os aeroviários do Estado de São Paulo terão mais três rodadas de negociações com os representantes dos patrões, entre os próximos dias 10 e 17, diz Reginaldo Alves de Souza, o Mandu, presidente do Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo. Este cronograma de reuniões foi formulado a partir de uma proposta do ministro Ives Gandra Martins, em audiência de mediação ocorrida nas dependências do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

“Depois de terem demonstrado todo o seu desprezo, e um total descaso quanto às reivindicações dos trabalhadores da aviação relativas à renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, os patrões tentaram, de todas as formas, derramar suas já conhecidas ‘lágrimas de crocodilo’ para o lado do Tribunal Superior do Trabalho, solicitando a respectiva mediação das negociações”, declara Mandu.

Segundo o dirigente sindical, “como era esperado, os patrões deram com a ‘cara no poste’, sendo obrigados a ouvir do ministro e vice-presidente do Tribunal, Ives Gandra Martins, que tratassem de negociar diretamente com os trabalhadores, por intermédio de seus Sindicatos representativos”.

De acordo com Mandu, “para ampliar sua postura indecorosa e infame nas negociações, os patrões propuseram uma verdadeira obscenidade: que houvesse um congelamento das conversações por seis meses e que, passado este prazo, as negociações fossem, então, retomadas. E que, se, depois desse longo período, as partes chegassem, enfim, a um consenso sobre o índice pelo qual os salários deveriam ser reajustados, nada seria pago a título de retroatividade”.

“Esta proposta, inadequada em qualquer tipo de situação, foi, obviamente, prontamente recusada pela bancada dos Sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos – FNTTA”, informa o presidente do Sindicato dos Aeroviários no Estado.

“Nosso próximo passo será  intensificar a mobilização da categoria”, disse o sindicalista. Caso não se chegue a um acordo que contemple as expectativas dos trabalhadores, os aeroviários prometem paralisar todas as suas atividades. As manifestações poderão ocorrer já neste mês de dezembro e, também, em janeiro do próximo ano.