Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sexta, 04 de Outubro de 2024

Bancários voltam a trabalhar na Zona da Mata após encerrar greve

27/10/2015

Após 21 dias de greve, bancários da Zona da Mata voltaram a trabalhar nesta terça-feira (27). A categoria aceitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (26) durante assembleia geral na sede do sindicato em Juiz de Fora.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf), 36 agências da Zona da Mata e do Sul de Minas aderiram a paralisação. Em 22 cidades da região e do Sul de Minas há cerca de 500 bancários.

Os funcionários aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a assinatura do acordo coletivo, que está prevista para a próxima semana, os bancários compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.

O Sintraf esclareceu que essa compensação de horas é feita em serviços internos e que o atendimento ao público não será estendido.

Negociações
Os bancários deflagraram a greve no último dia 06 de outubro. Durante a paralisação, mais de 12 mil das 22.975 agências instaladas no país chegaram a fechar as portas para o público. A categoria reivindicou reajuste salarial de 16% com piso de R$ 3.299,66. A Fenaban chegou a apresentar uma proposta de reajuste de 5,5%, com piso de R$ 1.321,26 a R$ 2.560,23, mas foi rejeitada pela categoria nas assembleias durante a primeira semana.

Outras propostas foram apresentadas, até a maioria dos bancários e o Fenaban chegarem a comum acordo nesta segunda (26). O secretário geral do Sindicato, Carlos Alberto de Freitas, declarou que a luta pela valorização da categoria continua.

"É necessário que a categoria se reconheça como tal e venha para a luta diária para que ampliemos cada vez mais nossos direitos. Portanto, sair da primeira proposta rebaixada e chegar nesta última é uma vitória. Ainda temos vários temas para serem tratados, mas chegaremos com mais fôlego para as próximas negociações e poderemos alcançar outros patamares e caminhos", concluiu Carlos.