REGULADORA APROVA VENDA DA TAP, MAS IMPÕE CONDIÇÕES A CONSÓRCIO DE NEELEMAN
A Autoridade Nacional da Aviação Civil (Anac) portuguesa aprovou nesta terça-feira (13/10) a venda da companhia aérea TAP ao consórcio Gateway, mas solicitou aos futuros compradores que revisem os estatutos para assegurar que a maior parte do capital é europeu.
Em comunicado, a Anac portuguesa pediu ao Gateway que especifique o modelo de gestão e deixe claro que é o português Humberto Pedrosa quem controla o consórcio, e não o empresário americano-brasileiro David Neeleman.
De acordo com a nota, é solicitado ao consórcio que proceda a alterações, sobretudo "em nível dos estatutos já aprovados", de modo a cumprir as exigências de Bruxelas no que se refere ao controle das companhias aéreas.
O consórcio Gateway, integrado por Neeleman - proprietário da companhia aérea Azul - e o empresário português Humberto Pedrosa, venceu em junho o concurso para a privatização da TAP com uma oferta de 354 milhões de euros, ampliáveis em função da atividade da companhia em 2015.
A TAP transportou cerca de 11,4 milhões de passageiros no ano passado - recorde da companhia - a 88 destinos na África, na Europa e na América. A empresa é líder nas conexões entre Brasil e Europa. A companhia aérea, que opera desde 1945, conta com mais de 5.000 pessoas e uma frota de 77 aviões.
