Um tribunal alemão considerou ilegal a greve de pilotos da Lufthansa e ordenou o fim da paralisação, que provocou o cancelamento de mil voos e afetou 140.000 passageiros.

Esta é uma decisão sem precedentes no conflito que já dura um ano e meio e que levou o sindicato de pilotos Cockpit a convocar 13 greves contra planos de reforma nas condições de aposentadoria antecipada na empresa.

Os pilotos da companhia aérea alemã entraram em seu segundo dia de greve nesta quarta-feira (9), impedindo a decolagem de cerca de mil voos e afetando 140 mil passageiros, com o sindicato da categoria afirmando que mais greves virão se a administração não melhorar sua oferta em uma disputa sobre cortes de custos.

"Mil voos da Lufthansa foram cancelados, 140 mil passageiros serão afetados", anunciou a empresa em um comunicado. Os voos são de curta e média distância.

No painel de voos do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, os voos da empresa desta quarta estavam como "estimados", sem atrasos, assim como os do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Para informações sobre as reservas, os telefones da empresa são (11) 3878-8151 em São Paulo e (21) 3500-1471 no Rio de Janeiro.

Os pilotos pedem benefícios de aposentadoria, pagamentos e os planos da Lufthansa de expandir as operações de baixo custo. Eles querem que a Lufthansa interrompa a expansão da Eurowings, que tem uma licença de operação na Áustria, enquanto as negociações continuam.

A administração da Lufthansa afirma que precisa realizar cortes de custos para competir com rivais que oferecem serviços de baixo custo, como a Ryan Air, que estão mirando o mercado alemão.