Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quinta, 03 de Outubro de 2024

De olho no Japão, Delta se oferece a investir na falida Skymark Air

14/07/2015

A falida Skymark Airlines pode ganhar uma ajuda "divina", caso aceite o investimento oferecido pela Delta Air Lines como parte de um plano completo de restruturação da companhia aérea japonesa. A investida da aérea norte-americana tem o potencial de aumentar a concorrência no Japão, além de permitir a canalização de viajantes internacionais via Tóquio para outras cidades japonesas operadas pela Skymark.

O acordo colocaria cerca de 20% da participação da companhia japonesa nas mãos da Delta, embora os termos ainda tenham que ser concluídos e aprovados pelos credores da Skymark. Por falar nos acionistas, o maior deles, a Intrepid Aviation Ltd, pretende propor que a Delta seja um patrocinadora das dívidas, como uma alternativa de reviver um plano já oferecido para a ANA Holdings, maior aérea japonesa atualmente.

A aprovação de crédito se tornaria uma peça-chave para qualquer plano de restruturação da Skymark vingar. Delta Air Lines e Skymark não confirmaram nenhum acordo, ainda, embora o presidente da Delta, Ed Bastian, já tenha sido abordado no último mês sobre a possível investida no mercado japonês. 

Se o negócio for bem sucedido, a Delta poderia tentar construir um hub em Haneda para seus passageiros que deixam Los Angeles. Atualmente, as oportunidades de conexão da norte-americana são limitadas já que a Delta não tem parceiros no Japão. Todos os slots da Skymark no Aeroporto Internacional de Haneda é para voos domésticos. ​

Fundo do Poço

A terceira maior companhia aérea do Japão, que opera exclusivamente rotas domésticas, pediu proteção contra falência já no fim de janeiro em resposta às penalidades ligadas a um cancelamento de contrato no valor de US$ 2,2 bilhões junto a Airbus. Na época, os esforços da Skymark Airlines para fugir desta situação foram em vão, após a forte concorrência no setor da aviação japonesa e pelo negócio cancelado com a Airbus, fator que acabou afundando, ainda mais, a companhia no último verão boreal.