Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 02 de Outubro de 2024

Governo sugere aos interessados na TAP que se esforcem por apresentar "a melhor proposta"

02/06/2015

"Agora que nos estamos a aproximar da data limite para a apresentação das propostas vinculativas melhoradas, é um aviso, se quiserem, de amigo aos dois concorrentes que ainda estão nesta batalha", declarou António Pires de Lima aos jornalistas, no concelho de São Vicente, na Madeira, onde se encontra a acompanhar a visita oficial do primeiro-ministro a esta região autónoma.

 

Antes, o ministro da Economia afirmou que as ligações do continente ao arquipélago, nos termos do caderno de encargos da privatização da TAP, vão manter, "no mínimo", a frequência que têm tido. O Governo espera que com o crescimento da TAP "a frequência dos voos possa até ser intensificada", acrescentou.


Na corrida à privatização da TAP estão Germán Efromovich, dono da operadora aérea Avianca e do grupo Synergy, e David Neeleman, patrão da companhia aérea brasileira Azul, em parceria com Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro.

Dirigindo-se a estes dois concorrentes, o ministro da Economia considerou muito importante que, nesta fase final, "façam o melhor esforço, apresentem a melhor proposta, se no final quiserem ser considerados para avaliação em Conselho de Ministros". 

Os candidatos devem apresentar "a melhor proposta a vários níveis, tanto em termos de capitalização como em termos de cumprimento do caderno de encargos que foi apresentado", reforçou, afirmando que "este é um processo competitivo".

Questionado sobre o que fará o Governo se nenhuma proposta de compra da TAP for satisfatória e se o processo de privatização pode cair, Pires de Lima escusou-se a responder.

O ministro da Economia limitou-se a repetir a recomendação aos candidatos para que "façam o melhor esforço, apresentem a melhor proposta", observando: "Para bom entendedor, meia palavra basta".

Interrogado sobre a "pressa" do Governo em fechar este processo, defendeu que o executivo estabeleceu "um prazo normal". 

No que respeita à população da Região Autónoma da Madeira, referindo-se à última greve da TAP, Pires de Lima considerou: "Apesar do fracasso da greve de há um mês, sofreram um bom bocado, sentiram na pele a vulnerabilidade que é estar dependente no transporte aéreo de uma companhia que muitas vezes ficou, no passado, refém, neste caso, de uma direcção sindical".

Segundo o ministro, com a TAP privatizada, o serviço público de transporte para a região terá "no mínimo a frequência de voos que tem pautado o transporte aéreo entre o continente e a região autónoma".

"Eu tenho mesmo a expectativa que com uma TAP com mais capital, com mais aviões e com maior agressividade comercial a frequência dos voos possa até ser intensificada. É essa a perspectiva que temos", acrescentou.