A Delta Air Lines Inc. afirmou, nessa quarta-feira (15/04), que está considerando diminuir a oferta de assentos para rotas internacionais ainda este ano. De acordo com a companhia, a super valorização do dólar e o declínio do preço dos barris de petróleo acalmaram a demanda por viagens ao exterior.

África, Oriente Médio e América do Sul podem perder até 15% da capacidade atual da Delta nas operações já em 2015. A Delta afirmou, também, que pode interromper as operações para Moscou, na Rússia, e cortar 15% das operações na Índia e 20% no Japão.

A terceira maior companhia aérea dos Estados Unidos tem 30% da sua receita relacionada ao mercado inernacional, e a valorização do dólar está atrapalhando a demanda de alguns países e contribuindo para uma receita menor para cada assento/milha.

A Delta também anunciou suas primeiras previsões para o segundo trimestre. Para a companhia, a margem de lucro operacional deve variar entre 16% e 18%. "O benefício com os baixos preços dos combustível será, mais uma vez, responsável por compensar a queda da receita unitária que deve variar entre 2% e 4% até junho", disse o presidente da Delta, Ed Bastian.

Por outro lado, o lucro da Delta no primeiro trimestre subiu para US$ 372 milhões de dólares, ou US$ 0,45 por ação. Trata-se de um recorde para o 1º trimestre da empresa desde 2008, quando se uniu com a Northwest Airlines e bateu a estimativa média de analistas que era de US$ 0,44 por share.

Estimativas do Deutsche Bank afirmam que o dólar valorizado, o aumento no número de assentos disponíveis nas aéreas internacionais e um tímido crescimento econômico global poderá pesar nos resultados das companhias dos EUA. Ainda assim, analistas projetam um recorde de US$ 2,9 bilhões no 1T15 para as seis maiores aéreas norte-americanas, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.