A Associação Internacional do Transporte Aéreo prevê que 2015 seja o melhor dos últimos três anos para as companhias aéreas internacionais, com os lucros a subirem para 25 mil milhões de dólares. Ao nível dos passageiros será mesmo o melhor ano desde 2010, com um crescimento esperado de 7%, o melhor de cinco anos, e acima da média de crescimento de 5% dos últimos 20 anos.

A IATA estima 25 mil milhões de dólares de lucros, bem acima dos 19,9 com que esta indústria deverá terminar o ano de 2014. A impulsionar os bons resultados está o melhor aproveitamento dos aviões e a descida do preço do petróleo.Em todo o caso, esta perfomance ainda estão longe de se repercutir de igual forma por todo mundo, com as companhias norte americanas a representar mais de metade do aproveitamento do setor no próximo ano (13,2 mil milhões de dólares) e a Europa apenas a responder por um quarto, cerca de 4 mil milhões, pelo abrandar do crescimento no velho continente."Algumas companhias estão a conseguir resultados sustentáveis e outras mantêm várias dificuldades", lembrou esta manhã Tony Tyler, presidente da IATA durante o IATA Global Day, a decorrer em Genebra.De facto, a IATA entende que a Europa está repleta de desafios para as empresas de aviação nomeadamente custos regulatórios, ineficiência de infra-estruturas e taxas muito elevadas.Mas não é só a Europa: "Num panorama geral devemos reconhecer que 25 mil milhões de lucros significa apenas 783 mil milhões de dólares de receitas e uma margem de lucro de apenas 3,2%", adiantou o responsável, lembrando que "tendo em conta todo o risco que existe hoje em dia - incerteza económica, instabilidade política, emergências de saúde pública e terrorismo - não existe uma almofada para absorver uma mudança estrutural nas operações", disse.Ao nível da procura pelos passageiros, 2015 será mesmo o melhor ano desde 2010, com um crescimento esperado de 7%, o melhor de cinco anos, e acima da média de crescimento de 5% dos últimos 20 anos.Mesmo assim, a IATA antecipa que no próximo ano a população mundial gaste cerca de 1% do PIB mundial nesta indústria, cerca de 823 mil milhões de dólares; 640 milhões pelos gastos dos turistas que contribuem para o maior impulso do setor.*em Genebra a convite da IATA