Na disputa pelos clientes, as companhias aéreas estão oferecendo passagens pela metade do preço. Entretanto, é preciso prestar atenção para o barato não sair caro. As promoções são tentadoras, mas para conseguir o desconto é preciso comprar pela internet e normalmente aos finais de semana.

Também é bom lembrar que em caso de promoção, os critérios são diferenciados. As ofertas são para períodos geralmente fora da alta estação e economiza mais quem compra os trechos de ida e volta de uma única vez.

O casal Maria e José mora em São Paulo e foi para o Ceará pagando quase 50% a menos pelas passagens. Contudo, eles tiveram que ficar mais tempo no destino. Nesses casos, é preciso fazer as contas para ver se compensa economizar nas passagens e gastar mais com diárias de hotel e alimentação.

O maior inconveniente é quando a pessoa não pode viajar na data marcada, por algum imprevisto, por exemplo, e quer pedir reembolso do que gastou ou remarcar a viagem. Nessas horas, as empresas cobram multas altas e o barato pode sair caro.

A professora universitária Adriana Santiago tomou um susto quando descobriu o que teria que pagar para remarcar o voo. “Eles disseram o seguinte: você tem que pagar R$ 1.500 numa passagem que custou R$ 100”.

Ela procurou o Procon dentro do próprio aeroporto e conseguiu baixar a taxa de remarcação para R$ 100, o mesmo valor que pagou pela passagem. “Estabelecer um percentual que vai de 5%, chegando a, no máximo, 10%, quando essa desistência é feita com menos de 15 dias da ocorrência da viagem, seria o limite de penalidade contra aquele consumidor. Mais do que isso é abusivo”, explica Eginardo Rolim, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB.