Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Domingo, 29 de Setembro de 2024

Venezuela Maduro acusa companhias aéreas de limitar viagens internacionais

08/08/2014

Nicolás Maduro falava no palácio presidencial de Miraflores durante uma reunião de trabalho com membros do seu Governo que foi transmitida pelo canal estatal Venezuelana de Televisão.

"Eu fui muito claro com estas empresas de serviço aéreo internacional: empresa que deixar ou chantagear a Venezuela, é empresa que não voltará, será substituída mais rápido do que vocês imaginam", frisou.

Desde 2003 que vigora na Venezuela um apertado sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país e obriga as companhias aéreas a terem autorização para poderem repatriar os capitais gerados pelas suas operações.

Segundo a IATA, a Venezuela "deve atualmente 4,1 mil milhões de dólares (3,05 mil milhões de euros) às companhias aéreas internacionais", relativos à repatriação dos capitais e lucros correspondentes às vendas de bilhetes desde 2012, a qual tem sido dificultada pelas leis cambiais vigentes.

Nessa situação está também a portuguesa TAP e outras 13 transportadoras internacionais.

Quinta-feira o ministro venezuelano dos Transportes Marítimo e Aéreo, Luís Graterol, confirmou que estão em curso reuniões de trabalho com representantes da TAP para resolver aspetos relacionados com a repatriação de capitais em dívida à companhia aérea portuguesa.

As dificuldades para repatriar capitais levaram a Air Canada e a Alitalia a suspenderem recentemente os voos para Caracas, enquanto a American Airlines e a Lufthansa, reduziram significativamente as suas operações.

Por outro lado, a norte-americana United Airlines anunciou que reduzirá, a partir de 17 de setembro, as operações aéreas para a Venezuela, passando a realizar apenas quatro voos semanais entre Miami e Caracas e deixando de voar aos domingos, quartas-feiras e sextas-feiras.

A 30 de julho, a Venezuela autorizou as companhias aéreas Iberia e Delta Airlines a acederem a dólares preferenciais para poderem repatriar capitais gerados pelas suas operações, revelou Luís Graterol.