A Polícia Civil investiga um possível esquema para enganar companhias aéreas realizado no Rio de Janeiro. Segundo investigação, Bruno Will, 27 anos, viajou com a família para diversos países (França, Suíça, Estados Unidos) ao enganar um programa de milhagens. As informações são do Fantástico.

Nesses programas, gastos feitos com o cartão de crédito se transformam em milhas, que podem ser trocadas por passagens. Will é suspeito de forjar gastos: ele utilizaria boletos bancários falsos nos quais ele seria credor e pagador, ou seja, ele (ou alguém da família) pagaria e receberia o dinheiro, sem ter gastos, mas criando milhas aéreas.

O suspeito ainda venderia milhas para agências de viagens para ganhar dinheiro. A família teria movimentado R$ 39 milhões em um ano, sendo que a renda declarada de Will é de R$ 1,7 mil por mês. “O que chamou a atenção das autoridades foi a movimentação financeira totalmente distante da capacidade econômica dessas pessoas”, diz o delegado Flávio Porto.

Na quinta-feira, a Polícia Civil encontrou, na casa dos suspeitos, dezenas de cartões de crédito, extratos, passagens, reservas, boletos e relatórios financeiros. A Justiça determinou a quebra do sigilo bancário, o bloqueio das contas e das milhas dos 15 investigados. “Quadrilha, estelionato, falsidade ideológica, uso de documentos falsos e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a 23 anos de cadeia”, diz o delegado.

O Fantástico afirma que Will não quis receber a reportagem. O pai dele, Jefferson Will, negou qualquer irregularidade e diz que se trata de uma “denúncia falsa”. Os suspeitos não serão presos já que a Justiça considera que eles não oferecem risco à sociedade.