Companhias aéreas pedem novas regras de sobrevoo de zonas de conflito
Citado pelo comunicado, o secretário geral da AEA, Athar Husain Khan, diz que "a queda do voo MH17da Malaysia Airlines, que voava em um espaço aéreo autorizado, levanta questões sobre a maneira como são estabelecidas as avaliações de riscos". A associação a acredita que a preparação dos planos de voo das companhias aéreas "deveriam se basear muito mais em uma avaliação independente dos riscos, do que nas informações fornecidas exclusivamente pelos governos e autoridades de regulação aérea".
Ausência de regulação
Atualmente, não há uma regulação precisa sobre o sobrevoo de zonas de conflito. Ou seja, as decisões e recomendações acontecem em diferentes níveis. Cabe aos governos nacionais a decisão de fechar parcial ou integralmente seu espaço aéreo. No caso da Ucrânia, havia a determinação de uma altitude mínima de sobrevoo, mas isso não impediu a queda do MH17.
Dentro da Europa, as companhias seguem as recomendações da Eurocontrol, gestora do espaço aéreo dentro do continente, da Agência Europeia de Segurança Aérea (AESA) e a Organização de Aviação Civil Internacional, em escala mundial.
Cancelamentos para Israel
A maior parte das grandes companhias internacionais anulou nesta terça-feira seus voos para Israel, depois que um foguete caiu em uma área próxima das pistas do aeroporto internacional. A AESA emitiu uma recomendação neste sentido na quarta-feira, mesmo dia em que a Agência Federal de Aviação dos Estados Unidso (FAA) retirou a proibição de voo que havia decretado na véspera.
Na quinta-feira, foi a vez de a AESA retirar a recomendação sem, no entanto, abrir mão de pedir que as empresas observem atentamente os riscos relativos à segurança dos voos.