Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Domingo, 29 de Setembro de 2024

Grandes companhias aéreas passam a evitar Leste da Ucrânia

21/07/2014

Lufthansa, British Airways, Alitalia e Air France são algumas das companhias aéreas europeias que deixaram de sobrevoar o Leste ucraniano depois da queda suspeita, ontem, de um Boeing 777-200 na região rebelde de Donetsk. O voo MH17 da Malaysian Airlines, conjunto com a holandesa KLM, ligava Amesterdão e Kuala Lumpur e transportava 280 passageiros e 15 tripulantes quando desapareceu nos radares e se despenhou, por volta das duas da tarde.


"Estamos a investigar este acto terrorista", disse o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que acredita que o avião foi abatido a dez mil metros de altitude. O exército ucraniano rejeita estar envolvido num atentado, tal como os rebeldes pró-russos, que controlam parte do Leste do país, e propuseram ontem um cessar-fogo para ajudar nas investigações à tragédia. O líder dos separatistas, Aleksandr Borodai, adiantou ainda à Interfax que os mísseis do movimento não excedem os 3.000 metros de alcance. Mas Kiev recorda que os separatistas se vangloriaram há duas semanas de terem capturado uma bateria de mísseis terra-ar BUK, com alcance de 18 mil metros.


Em plena troca de acusações, o presidente russo telefonou ao homólogo norte-americano, Barack Obama, para debater o assunto. Na ONU, Moscovo rejeitava qualquer envolvimento e a maioria dos líderes mundiais apresentavam as condolências ao governo malaio - que exige uma investigação independente - e às famílias das vítimas. Paris indicava que existiam "pelo menos quatro franceses" a bordo, outras fontes apontavam ainda para 23 norte-americanos e 35 holandeses. Até ao fecho desta edição, Portugal desconhecia se existiam portugueses a bordo do voo MH17. Fonte oficial da TAP confirmou, ao Económico, que a companhia não sobrevoa o território ucraniano.