Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Segunda, 23 de dezembro de 2024

Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

26/07/2012

 

Em julho de 1992, mulheres negras de 70 países participaram do 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, em Santo Domingo, na República Dominicana. O último dia do evento, 25 de julho, foi marcado como o "Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe", para celebrar e refletir sobre o papel das mulheres negras nestes continentes. Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.

Desde então, a sociedade e o governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e   racial/étnica em que vivem estas mulheres, explícita em muitas situações cotidianas. "Essa é uma data muito importante e todos nós, sindicalistas e do movimento social, devemos dar ampla divulgação", disse a Secretária da Mulher da FEM, Andréa Ferreira de Sousa.
O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras do Estado, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.

Atualmente
De acordo com o boletim de notícias da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), nos últimos anos, 60% das mulheres vítimas de morte materna são negras. Foi constatado que, durante a gravidez, as mulheres negras têm menos chance de passar por consultas pré-natal, seja por dificuldades de acesso, por falta de informação ou mesmo por discriminação nos serviços.
Por outro lado, o relatório de Perfil do Trabalho Decente divulgado na última quinta-feira, 19, pela Organização Internacional de Trabalho (OIT), revelou que jovens negras têm menos acesso à escola e ao trabalho. Na faixa etária entre 15 e 24 anos, uma em cada quatro jovens negras brasileiras não estuda ou não trabalha, número que corresponde a 25,3% dessa faixa da população.
Na questão familiar, a juventude negra do Brasil encabeça o ranking dos que vivem em famílias consideradas pobres e recebem salários mais baixos do mercado. Eles também figuram o topo na lista dos desempregados, analfabetos, do que abandonam a escola antes do tempo e dos que têm maior defasagem escolar.