Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sábado, 28 de Setembro de 2024

A Associação das Companhias Aéreas em Portugal (RENA)

20/05/2014

A Associação das Companhias Aéreas em Portugal (RENA) critica o governo e o órgão regulador do setor, a quem acusa de "indiferença" e "passividade" face aos repetidos aumentos das taxas aeroportuárias decididos pela ANA, a administradora dos principais aeroportos portugueses.

Em comunicado divulgado segunda-feira (19), a RENA refere, como exemplo, que  a concessionária dos aeroportos espanhóis (AENA) e a entidade representativa das companhias aéreas de Espanha (ALA) chegaram a acordo sobre a não subida das taxas aeroportuárias nos aeroportos espanhóis em 2015.

A proposta de congelamento partiu do Ministério do Fomento Espanhol e o acordo é visto como um forte sinal do empenhamento mútuo de todos os operadores envolvidos no setor aeroportuário do país vizinho.

"A RENA lamenta que em Portugal se esteja a trilhar o caminho exatamente inverso. Depois de três subidas consecutivas do valor das taxas no espaço de um ano, a ANA - concessionária dos aeroportos portugueses - prepara-se novamente para anunciar nova subida no valor das taxas", lê-se no comunicado.

Para Paulo Geisler, presidente da RENA, "o acordo obtido em Espanha é reflexo de uma política sustentada e equilibrada para o setor e em breve os efeitos sentir-se-ão de forma negativa em Portugal. Novos aumentos não são sustentáveis; caso a ANA avance com novo aumento, as companhias aéreas ponderam recorrer à Comissão Europeia".

A ANA está a explorar os desequilíbrios e fragilidades do atual modelo regulatório, procurando obter o máximo de receita no mínimo de tempo, perante a indiferença do Governo e a passividade do regulador, critica a RENA.

"Esperamos que este e outros sinais que têm vindo a ser dados por outros países sejam tidos em conta, porque as companhias estão a fazer um esforço enorme para trazer mais passageiros para Portugal e levar mais portugueses a cada vez mais destinos. Esperamos o mesmo comprometimento dos demais players e não o comportamento oposto", conclui Paulo Geisler, presidente da entidade associativa das companhias aéreas.