Desde o mês de março, passageiros que vivem em ponte aérea já começaram a sentir os efeitos da Copa do Mundo nos aeroportos. Alegando atender às normas de segurança da Copa e garantir conforto para os passageiros, as companhias aéreas estão cancelando e remanejando voos na época do mundial não só nas cidades-sedes, mas também em outras cidades. Isso tudo para atender a demanda esperada para o período.

A Copa é considerada mais um período de alta temporada, assim como os feriados do Natal, do Ano Novo e do Carnaval. As empresas devem disponibilizar voos extras e aumentar seu contingente nos aeroportos para atender o crescimento da demanda nesse período.

Em Teresina, companhias como TAM e GOL, criaram uma malha programada para a Copa que já está sendo implantada, onde alguns vôos foram programados para não operar. “Em Teresina, os vôos do final de semana foram remanejados e cancelados nesse período. O que mais impactou foi o cancelamento, desde março, do vôo de domingo que faz Teresina-Brasília”, conta Cleber Nunes, gerente da TAM em Teresina.

Quando há um cancelamento não programado, os passageiros devem ser avisados com antecedência e realocados em outro voo da companhia, preferencialmente 4 horas antes ou 4 horas depois do que ele havia adquirido. De acordo com a assessoria da GOL, caso não seja possível que o passageiro seja realocado, será oferecido a ele a opção de acomodação em aeronaves de outras companhias ou receberá  alimentação e hospedagem para que o cliente realize o embarque no dia seguinte. Caso o cliente não aceite nenhuma das opções, ele deverá receber reembolso total do valor da passagem.

Alguns vôos como para Teresina, Buenos Aires, Aracaju foram retirados das escalas Rio-São Paulo e São Paulo-Rio. De acordo com o gerente de vendas de uma companhia de viagens, Adalberto Leitão, os preços das passagens também sofreram alterações e, por causa disso, as companhias ainda estão realizando promoções.  “As passagens estão cerca de 30% mais caras em relação ao mesmo período do ano passado. Isso diminuiu a procura. As empresas fizeram promoções até pouco tempo por falta de procura. A procura não atendeu as expectativas”, explica Adalberto.

Como forma de correr atrás do prejuízo, companhias de viagens investem em pacotes para os turistas que vem de outros países. A expectativa é que esses fiquem mais um pouco para conhecer mais o Brasil e países vizinhos. “No Brasil, o Amazonas e o Pantanal tem grande apelo para que vem de fora”, diz o gerente de vendas.