A venda da TAP foi um dos temas abordados no encontro que o presidente da República e o ministro da Economia tiveram ontem em Xangai com um grupo de 15 grandes investidores chineses.

"A privatização da TAP foi referida nesse pequeno-almoço, mas não numa perspectiva a curto prazo", confirmou Cavaco Silva numa conversa com jornalistas sobre a viagem de Estado a China que hoje cumpre o seu segundo dia oficial. No entanto, reforçou, os investidores presentes, entre eles três grandes companhias aéreas, manifestaram interesse no processo, num encontro onde a criação de uma ligação directa entre Lisboa e uma grande cidade chinesa, como Xangai ou Pequim, foi uma das propostas debatidas.

Nesse pequeno-almoço, o próprio ministro da Economia não excluiu reabrir o processo de privatização da TAP e deixou vários dados sobre a actividade da companhia portuguesa. Uma intenção que, a concretizar-se, entra no radar de investidores chineses - os empresários declararam mesmo que "seria um elemento que não deixariam de considerar", adiantou Cavaco Silva.

As ligações a África, nomeadamente Angola, Brasil e alguns destinos da América Latina são fortes atractivos da TAP e foram, aliás, alguns dos pontos em destaque na apresentação. E, como recorda Cavaco Silva, "os presidentes das companhias aéreas que estavam no pequeno-almoço ficaram surpreendidos com o número de voos semanais", em especial para o Brasil.