Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sábado, 28 de Setembro de 2024

Venezuela não cumpre promessa sobre receita de aéreas, diz Iata

30/04/2014

A Venezuela deve liberar com urgência 3,9 bilhões de dólares devidos a companhias aéreas por vendas de passagens, disse a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) nesta terça-feira, dizendo que o governo não está mantendo suas promessas de oferecer taxas cambiais justas.

O país exige que as companhias aéreas cobrem passagens em sua moeda, o bolívar, e há quase dois anos o conselho estatal de câmbio vem indeferindo pedidos de companhias aéreas para conversão da receita com venda de passagens em moeda forte e repatriação dos fundos.

O governo venezuelano disse no fim de março que irá permitir

que companhias aéreas estrangeiras repatriem o dinheiro usando a taxa cambial em vigor no momento em que as passagens foram vendidas.

"Deste então houve muito pouco progresso", disse o presidente-executivo da Iata, Tony Tyler, em um comunicado. "A situação é inaceitável".

A Iata disse que o governo da Venezuela fez ofertas para liberar parte dos recursos das companhias aéreas, mas a taxas cambiais mais baixas ou com descontos, ofertas que foram rejeitadas pelas empresas.

"As companhias aéreas estão engajadas em atender o mercado venezuelano, mas elas não podem sustentar as operações indefinidamente se não puderem ser pagas", disse Tyler.

Companhias aéreas como a alemã Lufthansa reduziram os serviços ao país. A Air Canada paralisou todos os serviços, citando preocupações sobre segurança relacionadas aos protestos nas ruas.

A Iata disse que os controles cambiais afetaram 24 companhias aéreas, 11 das quais reduziram as operações em 15 a 78 por cento durante o ano passado.