Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sábado, 28 de Setembro de 2024

Em Belém, fortes chuvas provocam cancelamento de voos

10/04/2014

Em Belém, passageiros têm enfrentado problemas no aeroporto internacional em dias de chuvas fortes: os voos são cancelados.  Em outros casos, as rotas são alteradas durante o voo.

O empresário Vinicius Travassos seguia de Manaus para Fortaleza, mas enfrentou problemas na escala em Belém. “A aeronave não conseguiu pousar e nos enviaram para São Luiz, voltamos para Belém e era simplesmente para embarcar novas pessoas. Pediram para a gente descer, despacharam nossas malas, e mais nada. Ninguém dá informação de nada”, disse.

Segundo as companhias aéreas, o que tem provocado frequentes cancelamentos é uma falha no sistema de drenagem da pista principal do aeroporto Val de Cães, na capital paraense, que estaria comprometendo a segurança dos voos. Desde janeiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) restringe as operações de pouso e decolagem em Belém quando ocorre chuvas fortes ou moderadas.

De acordo com a Anac, a decisão se baseou em uma vistoria da agência e nos relatórios de operações das empresas aéreas. A restrição é por causa do acúmulo de água na pista, que afeta a capacidade de frenagem.

O comandante Lincoln Fortes, que usa o aeroporto de Belém há mais de 30 anos, afirma que a pista hoje tem pouca aderência, o que pode provocar acidentes, principalmente durante o pouso.

“O avião pode sair da pista, ou lateralmente ou no final. Já na decolagem isso pode acontecer em um eventual aborto de decolagem”, explica.

Segundo a Infraero foi concluída na última terça-feira (8), a instalação de ranhuras na área de frenagem da pista principal para melhorar o escoamento da água. Mas de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, as companhias vão manter as restrições de operação com a pisa molhada, até que seja feita uma nova vistoria pela Anac.

“Quem acaba pagando pelas consequências somos nós, os clientes, que ficamos aqui perdidos, à procura de informação”, reclamou Leonardo Santos, jornalista.