Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sábado, 28 de Setembro de 2024

Aéreas pedem até 45 dias para mudar

28/03/2014

As operações no aeroporto internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, podem ficar para além de 10 de maio – data que foi carimbada pelo ministro da aviação civil, Moreira Franco, na última segunda-feira (24), como “limite” para o início da operação. 

As companhias aéreas trabalham com um prazo entre 30 e 45 dias para a transferência completa das operações do Augusto Severo para o ASGA. O prazo começaria a correr a partir de 15 de abril, quando o consórcio Inframérica, que detém a concessão do novo aeroporto, diz que vai entregar a obra e seria iniciada a transferência, segundo informações da GOL Linhas Aéreas.
Para a GOL, o novo aeroporto de Natal ainda é um “ponto vermelho” na malha aérea nacional – ou seja, é preciso atenção. De acordo com informações da empresa, repassadas ontem durante workshop sobre operações na Copa 2014, realizado no Centro de Treinamento de São Paulo, as companhias se reuniram quarta-feira (26) na sede da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) com representantes da Secretaria da Aviação Civil (SAC) e da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) para negociar o período para transferência. “Houve uma decisão entre as companhias, os órgãos e a Inframérica de que é preciso um tempo para fazer a transferência, que deve passar um pouco de 10 de maio. Mas o esforço e a intenção é abrir antes da Copa”, disse o comandante Carlos Junqueira, diretor de segurança operacional da GOL. Ele disse que o principal entrave para a transferência das empresas são os sistemas de informática. 
O Consórcio Inframérica opera com um sistema chamado CUTE, que é diferente do utilizado pelas companhias aéreas. O sistema organiza os checkins e operações das empresas, e já é utilizado no aeroporto Juscelino Kubitchek, em Brasília, que também é administrado pelo consórcio. É o mesmo sistema que travou entre a noite da última quarta e a manhã de ontem, atrasando alguns voos de Brasília.

Segundo Junqueira, a maior parte das estruturas necessárias para receber as empresas (guichês, esteiras de bagagem) já estão prontas. É necessário, porém, um período de testes. “Não é só a infraestrutura estar pronta. É preciso um período de testes, que varia entre 30 e 45 dias, para implantar e avaliar o sistema”, analisa o diretor de segurança. Segundo ele, o setor de segurança das empresas também precisam fazer uma avaliação do aeroporto antes de iniciar as transferências.
Nesse interím, a companhia decidiu por manter uma “equipe de suporte” no aeroporto Augusto Severo – os funcionários devem permanecer em Parnamirim mesmo após o início das atividades do ASGA. De acordo com o diretor de aeroportos da GOL, André Lima, a empresa vai manter algumas estruturas no Augusto Severo, como guichês de atendimento. “Estamos duplicando nossa estrutura: tudo o que tem no Augusto Severo estamos comprando para o ASGA”, afirmou. Entretanto, após a inauguração oficial do novo aeroporto, a aviação comercial será totalmente suspensa no Augusto Severo, como foi informado pela Secretaria da Aviação Civil nesta semana.