Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sábado, 28 de Setembro de 2024

Mistério de avião mostra como aéreas avaliam mente de piloto

24/03/2014

Dallas, Minneapolis e Cingapura - O foco dos investigadores no papel dos pilotos no desaparecimento do avião malaio coloca sob o holofote as avaliações de saúde mental de aviadores comerciais.

A Malaysian Airline System Bhd. realiza testes psicológicos, uma prática comum do setor na Ásia, onde têm sede duas das cinco companhias aéreas que registraram suicídio em voo desde 1982.

Nos EUA e na Europa, que não tiveram casos nesse período, os órgãos reguladores não exigem exames psicológicos de rotina e depende dos pilotos revelar problemas passados ou atuais e medicações durante exames físicos de rotina.

As abordagens diferentes estão sendo expostas porque as autoridades estudam o comportamento da tripulação da cabine de comando do avião da Malaysian Air, o piloto Zaharie Ahmad Shah e o copiloto Fariq Abdul Hamid, atrás de pistas sobre seu estado mental, incluindo se um suicídio pode explicar o desaparecimento do voo 370, no dia 8 de março.

“Você descobrirá que alguns dos países do Leste Europeu e da Ásia têm mais exigências que os países ocidentais”, disse Ian Cheng, um físico de Sydney, que é também presidente da Sociedade Australasiana de Medicina Aeroespacial.

“Mais rigor não necessariamente significa melhor controle, mas mostra sua formação cultural e a forma como esses cidadãos percebem as coisas”.

 

Americanos envolvidos em treinamento de pilotos dizem que testes psicológicos extensivos não são necessários no maior mercado de aviação do mundo porque as companhias aéreas americanas tendem a contratar pilotos militares ou civis formados, com milhares de horas de experiência, que provaram seu valor em  aviões menores de curta distância.