SP, 23 de março (Folhapress) - A França informou hoje que tem novas imagens de satelite que mostram dois objetos na área do oceano Índico onde se concentram as buscas pelo Boeing-777 da Malaysia Airlines que desapareceu no último dia 8 com 239 pessoas a bordo. 
Este é o terceiro registro de objetos que podem ser destroços do avião na área, que fica a 2.500 km de Perth, no sudoeste australiano. Antes, Austrália e China haviam localizado objetos que podem ser destroços da aeronave na mesma região. 
Em comunicado, o ministro da Defesa da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse que entregou as fotos às autoridades da Austrália, que coordenam as buscas no sul do Índico. Ele não deu mais detalhes sobre os objetos detectados. 
Mais cedo, o governo australiano informou que foi encontrado ontem um pallet de madeira e cintos usados para amarrar cargas. Os instrumentos são usados pelas companhias aéreas para acomodar bagagens, mas também podem pertencer a navios que passaram pela região. 
Hoje, no entanto, as equipes não encontraram mais os objetos no mar, assim como qualquer outro vestígio que possa ser do Boeing-777. As buscas deverão ser retomadas na manhã de segunda-feira (noite de hoje em Brasília). 
As equipes são formadas por oito aviões e vários barcos, que percorrem a área do sul do oceano Índico desde a última quinta, quando as autoridades australianas mostraram as primeiras imagens de satélite de dois objetos, de cinco e 24 metros de comprimento. 
Ontem foi a vez da China  exibir imagens de um outro objeto, de 22 metros de comprimento e 13 de largura, a 120 km do registro australiano. A zona de busca tem 59 mil quilômetros quadrados, área seis vezes maior que a Grande São Paulo. 
O voo MH370, que seguia de Kuala Lumpur para Pequim, levava 239 pessoas a bordo e sumiu após último contato com o controle de tráfego aéreo, uma hora após o início do voo.  Sinais eletrônicos captados por um radar malasiano mostram que o avião desviou de sua rota e seguiu para o sul. 
As autoridades locais afirmam que a mudança de rota foi deliberada e investigam se um dos pilotos teve relação com o desvio.