Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sábado, 28 de Setembro de 2024

Deu pane no sistema da Allianz no Brasil

24/03/2014

São Paulo - As grandes empresas têm planos de contingência para  lidar com crises. Quando acontece um desastre de avião,as companhias aéreas passam a trabalhar no modo catástrofe: disponibilizam uma linha telefônica gratuita para acesso a informações, colocam psicólogos em contato com a família das vítimas e a direção fica à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.

Algumas montadoras têm contratos emergenciais com empresas de logística para garantir o transporte de peças para suas fábricas se houver interrupções nas rotas tradicionais.

O Google chega ao extremo de manter um plano de segurança caso sua sede, na Califórnia, seja invadida por alienígenas: um grupo de 250 funcionários, de diferentes países, podem acionar um sistema paralelo e manter o site no ar (é claro que isso também serve caso haja algum problema mais mundano nos computadores centrais da empresa, como terremotos).

As empresas se preparam para todo tipo de crise. Mas a subsidiária brasileira da Allianz, terceira maior seguradora do mundo, não estava preparada para a crise que a abateu no início do ano. O que era para ser uma mudança complexa, mas previsível — a troca de seu sistema de tecnologia, planejada desde 2011 —, se transformou num baita problema, responsável por reduzir o faturamento da empresa em, no mínimo, 20%. O número real ainda não foi calculado, mas pode ser maior.

O que aconteceu? Entre janeiro e fevereiro deste ano, quando o novo sistema entrou no ar, dez corretores de seguros ouvidos por EXAME disseram ter passado dias sem conseguir emitir apólices para seus clientes. Eles preen­chiam as propostas, mandavam para a Allianz, mas a empresa não concluía o processo.

 

A consequência é que esses clientes não eram reconhecidos pela Allianz. Ou seja, se tivessem algum problema e precisassem usar o seguro — por exemplo, se batessem o carro e telefonassem para a seguradora para pedir um guincho —, receberiam a informação de que não tinham direito a nada.