Santa Cruz de La Sierra, uma das capitais econômicas mais importantes da Bolívia, promete ficar mais acessível aos cuiabanos a partir de maio deste ano. A Tuiutur, agência receptiva de viagens, com mais de trinta anos de experiência no mercado, fechou um acordo com a empresa boliviana de aviação comercial Amaszonas, organização que tem grande experiência em rotas na América do Sul.

 

Mas para oferecer voos regulares internacionais o caminho não foi fácil. Até 1998, a Tuiutur ofertava voos para a Bolívia. Entretanto, nas palavras do proprietário da agência, Oiran Gutierrez, “o principal entrave era a falta de infraestrutura no aeroporto”. Para se ter uma ideia, se uma empresa deseja entrar na rota internacional de viagens aéreas, é necessária a autorização de seis ministérios, segundo o empresário.

 

Com a modernização do Aeroporto Marechal Rondon, no entanto, essa realidade está cada vez mais próxima. Gutierrez afirma que a previsão de viagens iniciais é de três voos diretos por semana, minimizando as intermináveis escalas que hoje precisam ser feitas até Santa Cruz de la Sierra, além, é claro, de diminuir consideravelmente os custos, que hoje beiram R$ 3 mil para uma passagem de ida e volta. 

 

“Diria que isso é um feito histórico”, comemora o empresário de fala pausada, com três décadas no ramo de viagens em Mato Grosso. Ele também destaca que as possibilidades de compra de passagens para as pessoas serão muito maiores, tendo em vista que sua aquisição ficará disponível nos principais “GDS’s” – sigla de Global Distribuition System – do mundo. Essas ferramentas fazem a intermediação eletrônica entre agências, companhias aéreas, hotéis, locadoras de veículos etc.

 

“Na prática, uma pessoa na Rússia poderá comprar uma passagem para Cuiabá por meio desses sistemas, como o Amadeus, o Sabre e outros. Cuiabá entrará, definitivamente, na rota internacional de viagens”, afirma Gutierrez.

 

Com o início da operação previsto para a segunda semana de maio, o proprietário da Tuiutur afirma que a Amaszonas, de propriedade de Sergio de Urioste, o procurou em reconhecimento ao trabalho realizado na década de 1990 pela empresa, que atuava fortemente no mercado de viagens para a Bolívia e que os mato-grossenses têm muitos motivos para comemorar a parceria entre as duas organizações.

 

“O tempo de viagem a Santa Cruz será entre 60 ou 70 minutos. As passagens deverão ter o mesmo nível de preço de um tíquete para Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul”.

 

Santa Cruz de la Sierra é uma das mais importantes cidades bolivianas e tem riquezas culturais, históricas e naturais. Fundada em 26 de fevereiro de 1561, há mais de 400 anos, o local também é uma espécie de “meca” da indústria têxtil, sobretudo para o cuiabano, tendo em vista que outras cidades brasileiras ficam a uma distância muito maior do que o município boliviano. Então, apertem os cintos ebuem viaje!