Companhia aérea manda comissárias trabalharem de minissaia
SÃO PAULO, SP, 16 de março (Folhapress) - Depois da polêmica sobre as companhias aéreas que proíbem suas comissárias de casar ou engravidar, a japonesa Skymark Airlines recebeu críticas de um grupo de comissárias de bordo que afirmam que o uniforme composto por minissaias facilitam o assédio sexual.
Segundo o jornal "Japan Times", em dezembro do ano passado a empresa anunciou que voaria na aeronave 10 Airbus A330-300s pela primeira vez em seus voos Haneda-Fukuoka. Os novos uniformes foram um meio de promover a ação.
As minissaias têm atraído críticas da Federação Japonesa de Comissários de Bordo, que faz parte da Federação Japonesa de Sindicato dos Trabalhadores da Aviação. O uniforme também provocou um intenso debate na Internet.
A federação afirmou que o uniforme não é apropriado para o trabalho realizado por comissárias, que inclui posições de agachamento ou alongamento.
"Além disso, a empresa está tratando as mulheres como produtos, uma vez que é a publicidade do uniforme que vai atrair clientes. Nós temos que duvidar da moral da companhia", afirmou, em nota, a organização.
Um porta-voz da Skymark disse que a companhia não está tratando as mulheres como produtos e explicou que o uniforme faz parte de sua campanha para promover a estreia do A330.
Ele disse que o uniforme não afeta a segurança do avião e que a empresa não tem recebido reclamações diretamente da federação.
Segundo o porta-voz, a minissaia será utilizada apenas durante os seis meses da campanha, por quem trabalhar a bordo do A330. Após o período, a companhia aérea adotará novamente seu uniforme regular.