Com dificuldade para realizar o transporte de querosene para abastecer aviões, causada pela cheia histórica do Rio Madeira, as companhias aéreas já alertam para os transtornos que podem acontecer nos voos para o Acre. Nesta quarta-feira (12), a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) emitiu uma nota sobre a situação.
 

A Abear explica que como não há como abastecer os tanques de combustível em Rio Branco, os aviões estão sendo abastecidos nas cidades de origem dos voos. Por causa disso, pode acabar ocorrendo restrição do número de passageiros.

De acordo com o diretor de operações e segurança de voo da Associação, Ronaldo Jenkins, essa seria a única medida possível.

"A capacidade do avião de transportar é limitada por peso, se eu boto mais combustível do que realmente necessito, para cobrir a próxima etapa dos voos, vou ter que levar menos passageiros, porque na hora em que eu fizer a somatória uma coisa compensa a outra. Ou é isso, ou não fazer o voo, o que seria uma situação muito pior", explica.

Ele ressalta que caso a medida de restrição precise ser tomada, os passageiros serão remanejados para outros voos. "Se eu só posso levar somente 88 passageiros dos 120 que eu poderia levar, alguém vai sobrar e ter que ser remanejado dependendo das possibilidades", diz.

Jenkins enfatiza ainda que a situação é negativa tanto para os passageiros quanto para as empresas, mas espera que não dure muito. "É uma situação tão ruim para nós, quanto para os passageiros. A gente espera que essa situação se resolva o mais rapidamente possível", conclui.

Nesta quarta-feira (12) um voo da TAM Linhas Aéreas teve um atraso de aproximadamente três horas, depois que precisou fazer uma escala na cidade de Porto Velho (RO) para abastecer.