Bagdá, 2 mar (EFE).- Um grupo armado iraquiano ameaçou neste domingo de atacar o aeroporto internacional de Bagdá em um prazo de 24 horas, após considerar que o local está sendo utilizado pelo governo para lançar ataques contra os opositores.

Em comunicado divulgado em sua página de Facebook, o denominado Conselho Militar Geral dos Revolucionários do Iraque advertiu que as instalações do aeroporto "se transformarão em uma zona de operações de combate". Além disso, pediu às companhias aéreas que considerem esse aviso, e evitem operar no aeroporto para evitar danos.

"Insistimos em nosso compromisso de não atacar regiões residencial e só exigimos liberdade, dignidade e proteção para nosso povo", afirmou.

O grupo, formado por milícias tribais sunitas, acusou o exército iraquiano, leal ao primeiro-ministro, o xiita Nouri al-Maliki, de atacar civis e destruir propriedades e casas.

Em sua luta contra as forças governamentais, as tribos estão organizadas desde meados de janeiro no denominado Conselho Militar Geral, que aglutina todos os rebeldes nas províncias em conflito e coordena seus combates contra as tropas.

O governo de al-Maliki lançou há dois meses uma ofensiva para expulsar os extremistas da província ocidental de Al-Anbar e mantém enfrentamentos com estes grupos nas cidades de Ramadi e Falluja, localizadas nessa região de maioria sunita.

As autoridades, apoiadas por outras milícias sunitas, acusam o jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante e outros grupos de estar por trás dos vários atos terroristas no país, enquanto estes últimos se aliaram a grupos contrários ao Executivo. EFE