Le Figaro está preocupado com setor aéreo brasileiro durante a Copa
Todas as companhias apostam que, entre os 600 mil turistas estrangeiros esperados no Mundial, muitos vão aproveitar para visitar outras regiões do Brasil ou outros países da América Latina.
Críticas ao atraso nas obras
O jornal lembra que a Air France não vai poder, como esperado, utilizar o maior avião comercial do mundo, o A380, para ampliar sua oferta. Por causa dos atrasos nas obras de Guarulhos, a Anac proibiu o mega avião de pousar no aeroporto de São Paulo.
Mas a companhia francesa vai passar a pousar três vezes por semana em Brasília, a partir do final de abril, e concluiu com a Gol um acordo de parceria exclusiva para transportar os turistas estrangeiros em voos domésticos.
O jornal critica a dependência do Brasil, que não tem trem bala ou outras alternativas de tranporte, ao setor aéreo. O artigo diz que apesar das privatizações, a modernização da maioria dos aeroportos não ficará pronta a tempo, e os atrasos nos voos, que hoje atingem um voo em cada dez, poderão se intensificar durante a Copa do Mundo. Essa situação leva os dirigentes brasileiros a “suar frio”, afirma o jornal conservador.
Situação econômica francesa preocupa Bruxelas
Le Figaro informa que Bruxelas contesta as previsões de Paris. A Comissão europeia garante que o déficit público francês será próximo de 4% em 2015, enquanto a França promete que ele será inferior a 3%, como manda o pacto de estabilidade europeu.
A França deve crescer este ano 1% e 1,7% em 2015. Mas esta retomada do crescimento econômico, que deve se confirmar este ano, segundo o La Croix, não será suficiente e Bruxelas calcula que o déficit francês continuará importante, de 3,9% do PIB no ano que vem. A França levou um cartão amarelo de Bruxelas, ironiza o Le Parisien/Aujourd'hui en France.
Por causa desse cenário, país se vê obrigado a fazer mais economias, destaca o Les Echos. O jornal econômico também revela que Bruxelas acredita que a taxa de desemprego francesa vai continuar aumentando, mas muito pouco este ano, 11% contra 10,8 em 2013.