Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sexta, 27 de Setembro de 2024

Empresas prevêem aumentar viagens de negócios este ano

14/02/2014

A larga maioria das empresas em Angola prevê aumentar o volume das viagens de negócios este ano. Com efeito, de acordo com o Barómetro Anual Travelstore American Express 2014, 75% das empresas prevê, para este ano, um aumento do respectivo volume de viagens, com 17% das mesmas a apontar para um aumento superior a 20%. No entanto, metade das empresas inquiridas estima que irá registar um aumento mais moderado, entre 10% e 20%. Por outro lado, a maioria das empresas pretende adoptar medidas que reduzam o custo médio das suas viagens, aumentando, para tanto, por exemplo, a antecedência com que as reservam, ou renegociando acordos com fornecedores ou ainda maximizando a utilização dos fornecedores preferênciais. Apenas 2% se mostra disposta a reduzir o número de viagens. Os resultados do Barómetro das Viagens de Negócio foram apresentados no 1o SVN - Salão das Viagens de Negócio, em Luanda.

Em 2013 verificou-se um aumento generalizado nas viagens de negócios face a 2012, sendo que 33% das empresas inquiridas registou um aumento superior a 20%, 42% um aumento entre 10% e 20%, 17% um aumento entre 5% e 10% e 8% um aumento entre 0% e 5%.

Estas são algumas das conclusões deste primeiro estudo, conduzido pela, cuja apresentação esteve a cargo de Jessica Cunha, a directora- geral da empresa em Angola.

Durante uma apresentação efectuada no Epic Sana Luanda hotel, perante uma plateia de empresários e gestores, Jessica Cunha, directora-geral da Travelstore American Express – Angola, que apresentou o estudo, referindo-se aos principais motivos para as viagens de carácter profissional, indicou que, à cabeça, figura a fidelização de clientes e de mercados (20%), seguindo- se a gestão de expatriados (17%), a prospecção comercial (16%), a formação (15%), a presença em congressos, conferências ou feiras (14%) e as relações subsidiárias (intra-organização, com 9%).

É COM O AVIÃO QUE SE GASTA MAIS

Os principais destinos das viagens profissionais são Lisboa (33%) e Joanesburgo (26%). No que respeita à distribuição dos gastos das viagens por serviço, mais de metade do respectivo volume total é gasto em aviação. Seguem-se, no que respeita a despesas, as efectuadas com hotéis (20%), carros (7%) e vistos (6%).

De salientar que a grande maioria das empresas aplica uma política de viagens e que 55% das empresas inquiridas recorre à classe executiva em voos com duração superior a 4 horas. Mas também mais de metade das empresas apenas permite a utilização da classe executiva a administradores, sendo que apenas 23% de quadros superiores e 8% de quadros médios a ela acedem.

Em mais de metade das empresas inquiridas é necessária uma autorização em todas as viagens, sendo que em 23% das empresas a autorização é necessária na maioria das viagens.

A esmagadora maioria das empresas inquiridas trabalha com duas ou três agências de viagens (77% do universo da amostra), 15% trabalha apenas com uma agência, sendo que apenas 8% trabalha com mais de três agências. Destas, 77% são agências localizadas em Angola e 23% noutros países (Portugal representa 8%).

E como é que as empresas garantem os serviços de avião, hotel, vistos e carro? Quanto à reserva de avião e de hotel , 62% das empresas inquiridas responde que o faz tanto recorrendo à agência como directamente, embora no caso da marcação de hotéis haja mais re- curso à reserva directa. Na reserva de carro também recorrem preferencialmente às duas vias (69%). Já no caso dos vistos o tratamento directo do assunto ganha maior peso (38%).

O QUE AS EMPRESAS PROCURAM NAS AGÊNCIAS

As empresas procuram sobretudo know-how especializado por par- te das agências de viagens, designadamente capacidade de serviço online, consultoria em redução de custos, reporting integrado de todas as despesas, qualidade e personalização do serviço de atendimento e assistência permanente.

Colocadas algumas dificuldades que podem ocorrer no processo de reserva e perguntadas se se confrontavam com alguma delas, 25% das empresas mencionaram a difícil comparação dos preços, 25% referiu vários contactos desnecessários, 19% a falta de reporting estatístico e ainda 19% a existência de vários fornecedores em sistema; 12% aludiu à inconformidade de facturas.

A amostra das empresas inquiri- das revela que 31% destas se posiciona no sector dos serviços, 15% no institucional, representando a indústria, a energia e a consultoria 8% das empresas inquiridas. De notar que não há qualquer empresa da área da construção. Das empresas integrantes da amostra 46% são angolanas e actuam nacionalmente e outras 46% são empresas estrangeiras com escritório em Angola. Há apenas 8% de empresas angolanas com escritório noutros países. No universo da amostra a esmagadora maioria das empresas (62%) tem menos de 100 funcionários, sendo também de registar que 31% tem mais de 250 empregados. Mais de metade das empresas inquiridas (54%) apresenta um volume de viagens anuais entre USD 50 mil e USD 300 mil (Kz 4,9 milhões e Kz 29 milhões)

As mais recentes tendências da indústria das viagens de negócios, as melhores soluções na gestão eficaz dos orçamentos e as novidades em termos da oferta específica para este segmento de mercado, são os principais objetivos do que vai contar com a participação de reconhecidos especialistas nacionais e internacionais.

Companhias aéreas, hotéis, e rent-a-car, bem como empresas de tecnologia, estiveram entre os expositores que participam no Salão das Viagens de Negócio, destinado a gestores de viagem, de compras, financeiros ou de recursos humanos, assistentes e secretárias de administração, gestores de eventos corporativos, viagens de incentivo e similares, bem como a viajantes de negócio de uma forma geral.