Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 25 de Setembro de 2024

Japão pede que companhias aéreas não mostrem plano de voo à China

27/11/2013

O governo do Japão afirmou nesta terça-feira que informou às companhias aéreas do país que não é preciso apresentar os planos de voo para a China caso as aeronaves passem por parte da nova zona de defesa aérea decretada no sábado (23) por Pequim no mar da China Oriental.

A partir da medida, todos as aeronaves estrangeiras que entrarem no que a China considera seu espaço aéreo devem se identificar, apresentar seu plano de voo e manter comunicação por rádio. A região, no entanto, inclui uma série de territórios disputados com Taiwan, Japão e Coreia do Sul.

A revelação do plano provocou uma crise diplomática entre Pequim e os vizinhos, em especial os japoneses, com quem disputam um arquipélago. Devido a isso, Tóquio convocou o embaixador chinês para protestos, assim como os chineses, que chamaram o representante japonês em Pequim.

Em entrevista coletiva, o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, afirmou que o Ministério dos Transportes disse às companhias que apliquem a legislação vigente em voos que passam por territórios disputados. Dentre as rotas que passam por essa área, estão voos com destino a Taiwan e Hong Kong.

A decisão tenta mudar o procedimento instalado desde o último sábado pelas empresas, que comunicavam aos chineses seus planos de voo nestas rotas. No entanto, Suga defendeu que as empresas "levem em conta a segurança dos passageiros e a posição do governo, entre outros fatores".

Já o ministro japonês das Relações Exteriores, Fumio Kishida, disse que o governo manterá uma comunicação contínua com as companhias aéreas e considerou que "é importante a cooperação entre o setor privado e público na hora de mostrar para a China uma postura firme".

A Japan Airlines (JAL) e a All Nippon Airways afirmaram que estudarão a proposta do governo, mas levarão em conta a segurança dos passageiros. Apesar do anúncio do Japão, o porta-voz da chancelaria chinesa, Qin Gang, havia afirmado na segunda que os aviões civis estão livres para passar pela zona disputada.
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