Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 25 de Setembro de 2024

Companhias aéreas japonesas vão ignorar nova zona de defesa aérea da China

27/11/2013

Tóquio, 27 nov (EFE).- As principais companhias aéreas do Japão decidiram não apresentar seus planos de voo à China na hora de atravessar sua nova zona de defesa aérea, que inclui as ilhas Senkaku/Diaoyu, administradas por Tóquio e reivindicadas por Pequim, confirmaram à Agência Efe nesta quarta-feira os porta-vozes das companhias.

Ontem, o ministro porta-voz do Japão, Yoshihide Suga, pediu que as companhias aéreas não informassem de antemão às autoridades chinesas quando fossem sobrevoar a área decretada unilateralmente com zona de defesa área no sábado passado por Pequim.

A polêmica decisão do governo chinês foi qualificada como "profundamente preocupante" pelo governo japonês que apresentou na segunda-feira uma queixa formal diante do embaixador chinês em Tóquio.

Após o anúncio da China, as duas principais companhias aéreas japonesas, Japan Airlines (JAL) e All Nippon Airways (ANA), apresentaram seus planos de voo a Pequim para rotas que ligam o Japão com Taiwan e Hong Kong, diante da preocupação com a segurança de seus passageiros.

No entanto, no final da noite de ontem, os responsáveis da ANA decidiram seguir a recomendação do governo japonês, conforme detalhes divulgados para a Efe por um porta-voz da companhia aérea.

Um representante da JAL também afirmou que a companhia decidiu não apresentar seus planos de voo às autoridades chinesas a partir da meia-noite de terça-feira (13h de Brasília).

A histórica tensão relacionada com o pequeno arquipélago de Senkaku/Diaoyu aumentou em setembro do ano passado, quando o governo do Japão comprou de seu proprietário japonês três de suas cinco ilhotas, em uma ação que desencadeou violentas manifestações na China e estremeceu ainda mais as relações bilaterais.

Situado no Mar da China Oriental, a 175 quilômetros de Taiwan e a 150 do arquipélago japonês de Okinawa, as ilhas Senkaku/Diaoyu têm uma superfície de cerca de sete quilômetros quadrados e não são habitadas. Acredita-se que elas possam ter importantes recursos marinhos e energéticos. EFE