Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 25 de Setembro de 2024

Malha área para Copa deve sair no fim de dezembro, prevê Abear

25/11/2013

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, disse ontem que 15 dias após a definição dos grupos da Copa do Mundo, cujo sorteio será dia 6 de dezembro, as empresas aéreas pretendem enviar à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o desenho da malha aérea especial para o evento esportivo

“A malha da Copa ainda não existe. Todas as pesquisas de preços estão equivocadas, refletindo uma malha que ainda não é a da Copa”, afirmou em entrevista a jornalistas. Sanovicz prevê que, após uma semana do envio à Anac, as empresas já poderão vender as passagens, o que deverá ocorrer entre o final de dezembro ou início de janeiro.

Segundo ele, este assunto das passagens aéreas vem sendo discutido com a Anac, empresas, ministério da Justiça e Fazenda. Ficou definido que a Anac vai soltar as regras de flexibilização da malha da Copa até o final deste mês e que irá monitorar os preços das passagens.

Outro ponto acertado diz respeito à flexibilização dos horários de funcionamento dos aeroportos. “Estamos negociando a ampliação do horário dos aeroportos.Queremos que todos sejam transportados, já que estaremos numa situação especial”.

Segundo o consultor técnico da Abear, Adalberto Fedeliano, enquanto não se definirem as cidades em que os países jogarão não faz sentido formatar a malha. “Ainda não sabemos onde será a maior demanda”, disse.

Como exemplo, os dirigentes explicaram que se a seleção da Alemanha, Portugal ou Itália jogar em Fortaleza (CE) haverá uma demanda maior por voos para aquele destino, enquanto outras rotas podem ser menos solicitadas.

Cenário estável

Eduardo Sanovicz afirmou que a expectativa da Abear é de um cenário de estabilidade no mercado de aviação em 2014 em comparação a 2013. “Via de regra, o setor de aviação segue o cenário econômico, que aponta estabilidade”.

Segundo Sanovicz, poderia haver um descolamento do crescimento do setor frente à atividade econômica caso algumas medidas, como redução de tributos sobre a querosene de aviação, fossem adiante Sobre este pleito já encaminhado ao governo, ele disse que o setor está “calmamente esperando”. “Essas são medidas não para a Copa ou Olimpíada, mas para chegarmos a 200 milhões de passageiros até 2020”, afirmou.

Diante do cenário de estabilidade, de acordo com Sanovicz, as empresas estão controlando mais a oferta de voos e mexendo em rotas com maior demanda, buscando elevar a rentabilidade das operações.