Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 25 de Setembro de 2024

SP prepara concessão de aeroportos regionais para fevereiro de 2014

22/10/2013
 
A concessionária que vencer a licitação para administrar cinco aeroportos paulistas terá de investir R$ 69,88 milhões em 30 anos. O valor foi divulgado nesta segunda-feira (21) pelo superintendente do Departamento Aeroviário de São Paulo (Daesp), Ricardo Volpi, durante audiência pública sobre a concessão dos aeródromos de Bragança Paulista, Campinas (Amarais), Jundiaí, Ubatuba e Itanhaém.
 
O edital deve ser publicado em meados de novembro e as propostas dos consórcios interessados, abertas em fevereiro do ano que vem.
Segundo Volpi, a parceria com a esfera privada é essencial para o crescimento dos aeroportos. “O objetivo é trazer investimentos e dinamismo à gestão, acompanhando melhor o aumento da demanda da aviação executiva”, disse.
 
Durante os 30 anos da concessão, o vencedor da licitação terá de investir R$ 10,79 milhões no aeroporto de Bragança , R$ 14,6 milhões no de Campinas, R$ 22,64 no de Jundiaí, R$ 12,7 milhões no de Ubatuba e R$ 9,15 milhões no de Itanhaém.  O governo já investe nestes aeroportos mais de R$ 10,76 milhões (a previsão é que esses investimentos terminem até dezembro de 2014, quando a concessionária já deverá ter assumido a administração).
 
Ao contrário de Congonhas e Cumbica, os cinco aeroportos não têm movimento grande de passageiros, recebendo apenas voos executivos feitos por pequenos aviões.  A concessionária vencedora, então, terá de investir na infraestrutura do aeródromo.
 
“Basicamente trabalhará com o movimento de aeronaves. Terá que investir em pátio, recapeamento de pista, mantendo toda infraestrutura bem adequada para operações de pousos e decolagens”, disse o superintendente do Daesp.
 
Para compensar os investimentos, a concessionária poderá desenvolver suas áreas comerciais nos aeroportos. “Pode criar hotel, centro de convenções, pode usar criatividade dele. Esse é o grande negócio: as receitas não tarifárias.”
 
Diferentemente da concessão feita pelo governo federal dos aeroportos de Viracopos, Guarulhos e Brasília, em que o poder público permanece 49% de participação na concessão, no caso dos aeródromos estaduais as empresas vão assumir a administração integralmente, segundo a Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp).